Questão 73512

(UFU - 2021 - 1ª fase) La relación entre la peste y el desorden social tiene una larga tradición en la literatura y la filosofía política. Las pestes son oportunidades inmejorables para activar metáforas que encubren prejuicios de larga tradición. Se utilizan para señalar anomalías que deben ser corregidas o sancionadas cuanto antes, pues amenazan por igual a culpables e inocentes. Allí radica su mayor problema. El desorden de unos cuantos provoca la ira divina que caerá sobre todos. Dios, al fin y al cabo, no se anda por las ramas. Tampoco la naturaleza: aquella otra divinidad inflexible, muy invocada en estos tiempos, que siempre está dispuesta a devolvernos los males que le provocamos.

Disponível em: https://www.eluniverso.com/opinion/2020/06/15/nota/7870587/covid-19-sus-metaforas/. Acesso em: 04 jun. 2021. (Adaptado)

De acordo com o artigo, a expressão “no se anda por las ramas” encerra a ideia de que Deus

A

deixa a cargo da natureza a solução.

B

está isento da responsabilidade da desordem.

C

é complacente com o sofrimento humano.

D

vai direto à resolução das anomalias.

Gabarito:

vai direto à resolução das anomalias.



Resolução:

a) Alternativa incorreta. O texto compara Deus e a natureza, não diz que um está subordinado ao outro.

b) Alternativa incorreta. O texto diz que Deus é inflexível e não o isenta da responsabilidade da desordem.

c) Alternativa incorreta​​​​​​​. O texto diz que Deus castiga os humanos por suas ações.

d) Alternativa correta​​​​​​​. Em "Dios, al fin y al cabo, no se anda por las ramas. Tampoco la naturaleza: aquella otra divinidad inflexible, muy invocada en estos tiempos, que siempre está dispuesta a devolvernos los males que le provocamos", percebe-se que Deus, assim como a natureza, é inflexível, e nos devolve em forma de anomalias o mal que fazemos.



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

Ver questão

Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

Ver questão

Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

Ver questão

Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

Ver questão