(UFU - 2021 - 1ª fase) “Antropólogos sociais estudaram e compararam, de maneira extensa, diferentes sistemas de parentesco. Entre suas descobertas fundamentais, destaca-se a noção de que os vários significados, que envolvem as relações de parentesco e as teorias da concepção e de paternidade refletem, não são fatos universais e naturais, mas sim fenômenos culturais locais e particulares. Não obstante a sua aparente naturalidade, as concepções biogenéticas de identidade e de relações de parentesco, bem como as ideias de maternidade e de paternidade peculiares à cultura Ocidental, são históricas.”
STOLKE, Verena. Antropologia e direito: temas antropológicos para estudos jurídicos. Coordenação geral [de] Antonio Carlos de Souza Lima. – Brasília, Rio de Janeiro, Blumenau: Associação Brasileira de Antropologia. Laced, Nova Letra, 2012. pp. 490.
De acordo com o texto da antropóloga Stolke, conclui-se que, atualmente, a concepção antropológica de família se baseia nos princípios
da ideologia patriarcal e da hierarquização das relações de parentesco.
da desnaturalização das relações de parentesco e de seus significados sociais.
da definição das bases biológicas do parentesco e dos novos arranjos familiares.
do estudo das relações de gênero e dos modelos de família desestruturadas.
Gabarito:
da desnaturalização das relações de parentesco e de seus significados sociais.
b) Correta. da desnaturalização das relações de parentesco e de seus significados sociais.
No trecho a seguir contém a resposta: "[...] Entre suas descobertas fundamentais, destaca-se a noção de que os vários significados, que envolvem as relações de parentesco e as teorias da concepção e de paternidade refletem, não são fatos universais e naturais, mas sim fenômenos culturais locais e particulares. [...]". Isto é, os antropólogos têm tomado esses conceitos de parentesco não mais a partir de fatores naturais, mas segundo aspectos culturais locais e particulares, apontando para uma desnaturalização das relações de parentesco.
a) Incorreta. da ideologia patriarcal e da hierarquização das relações de parentesco.
Não há referência à ideologia patriarcal e à hierarquização das relações de parentesco, ao contrário, uma desnaturalização desses conceitos.
c) Incorreta. da definição das bases biológicas do parentesco e dos novos arranjos familiares.
Há um abandono a essas bases biológicas do parentesco e dos novos arranjos familiares.
d) Incorreta. do estudo das relações de gênero e dos modelos de família desestruturadas.
Não há foco nas relações de gênero e nos modelos de família desestruturadas em específico.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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