(UFU - 2021 - MEDICINA)
“Nos últimos três anos, Myanmar vive um conflito étnico pouco conhecido. O país, que fica ao sul da Índia, faz fronteira com Bangladesh, Laos e Tailândia, tem vivido cenas de terror — o que já foi chamado pela ONU de ´limpeza étnica`.”
Disponível em: https://www.oxfam.org.br/blog/tres-anos-apos-inicio-da-crise-como-estao-os-refugiados-rohingya/. Acesso em: 11 jun. 2021.
Em 11/06/2021, a alta-comissária para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, alertou que a escalada de violência em Myanmar (antiga Birmânia), desde o golpe militar de 1º de fevereiro mergulhou o país numa “catástrofe de direitos humanos”.
Disponível em: https://observador.pt/2021/06/11/myanmar-escalada-de-violencia-e-uma-catastrofe-para-os-direitoshumanos/. Acesso em: 12 jun. 2021.
Sobre a temática apresentada, analise as afirmativas.
I. Em Myanmar, há uma disputa territorial no estado Rakhine. Com população de mais de um milhão de indivíduos, majoritariamente do grupo étnico rohingyas, com linguagem própria, não possui seus direitos reconhecidos nem cidadania.
II. No país, a origem do conflito está na recusa do governo em reconhecer os rohingyas como cidadãos de direito de Myanmar, com alegação de que são naturais da Índia e da China.
III. Os refugiados rohingya defendem que são descendentes de mercadores muçulmanos, trazidos para Myanmar por meio da exploração ultramarina britânica no século IX.
IV. Em Myanmar, o conflito não é apenas territorial. Os rohingyas sofrem perseguição religiosa em um país predominantemente budista, que entende a cultura islâmica como uma ameaça.
V. Os rohingyas que ainda permanecem em seu estado são considerados apátridas e têm sua saída do país dificultada pelo governo por meio de instalação de minas nas fronteiras e nas estradas.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.
Apenas II, III e IV.
Apenas I, III e IV.
Apenas I, II, IV e V.
Apenas I, III, IV e V.
Gabarito:
Apenas I, III, IV e V.
QUESTÃO ANULADA.
I) correto: O conflito ocorre, pois a maioria da população da região é budista e nega direto as comunidades muçulmanas.
II) incorreta: É negado os direito básico pelos órgãos oficiais de Myanmar para esse grupo por questões étnicas já que são uma minoria muçulmana.
III) incorreta: O cenário do conflito é só mais um reflexo da colonização durante o imperialismo europeu no "terceiro mundo" durante as grandes navegações, mas isso no século XIX.
IV) correta: A perseguição se instaura pois a maioria da população budista, cerca de 88%, não aceita os direitos dos 12% muçulmanos.
V) correta: Além de não serem aceitos no território todo sua locomoção é dificultada.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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