(UFU - 2021 - MEDICINA) Entre 1320 e 1450, abateu-se sobre a Europa uma conjunção de desgraças: epidemias (peste negra), guerras, aumento da mortalidade, diminuição da produção de metais preciosos e avanço dos turcos. A história do Renascimento é a história desses desafios. Em resposta a eles, temos a crítica ao pensamento clerical da Idade Média, a recuperação demográfica, os progressos técnicos, a aventura marítima, uma estética nova, um cristianismo reelaborado e rejuvenescido. Em suma, todos esses apontamentos constituem os elementos da resposta do Ocidente às tão variadas dificuldades que no caminho haviam se acumulado.
DELUMEAU, Jean. A civilização do Renascimento. Lisboa: Edições 70, 2007. (Adaptado)
O trecho acima exprime alguns elementos que estruturaram o chamado Renascimento. De modo geral, foram produzidas nesse período uma imensa renovação nos mais variados campos do conhecimento, gerando artistas, pensadores, cientistas cujos trabalhos influenciaram toda a produção intelectual dos séculos seguintes.
Com base nessas informações, analise as afirmativas abaixo.
I. Na pintura, a transformação teve início com Giotto, que apresentava trabalhos sacros, mas carregados de motivos naturais e de figuras humanizadas.
II. Além de Dante, Francesco Petrarca também escreveu poesia, valorizando temas seculares, tal como o amor de um homem por uma mulher, apresentando valores essencialmente greco-romanos.
III. A arquitetura gótica floresceu no período renascentista, sustentada em dois pilares essenciais: o Classicismo e o Humanismo, demonstrando, assim, uma clara ruptura com a produção artística da Idade Média.
IV. No período dos Quinhentos, difundiu-se o termo "humanista" por toda a Europa. Dentre eles, Maquiavel, em sua obra "O Príncipe", que descreveu o modelo do governante perfeito, lançou as bases da ciência política moderna.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.
Apenas I e III.
Apenas II, III e IV.
Apenas I, II e IV.
Apenas I, II e III.
Gabarito:
Apenas I, II e IV.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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