Questão 73654

(UFU - 2021 - MEDICINA)

O gráfico abaixo mostra o número de casos confirmados de COVID-19, por faixa etária e por sexo, na cidade de São Carlos – SP, no mês de junho de 2020.

São dadas as seguintes afirmações.

I. Considerando-se as faixas etárias de 11 a 20, de 21 a 30 e de 31 a 40 anos, a média de casos do sexo feminino, por faixa etária, é menor do que a média de casos do sexo masculino, por faixa etária.

II. Considerando-se as faixas etárias de 21 a 30, de 31 a 40 e de 41 a 50 anos, o desvio padrão da média de casos do sexo masculino, por faixa etária, é maior do que o desvio padrão da média de casos do sexo feminino, por faixa etária.

III. Considerando-se todas as faixas etárias, a diferença entre a mediana do número de casos do sexo masculino e a mediana do número de casos do sexo feminino é igual a 3.

IV. Considerando-se o total de casos (feminino e masculino) em cada faixa etária, a moda do total de casos por faixa etária é 38.

Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas.

A

Apenas I, II e III.

B

Apenas I, II e IV.

C

Apenas I e III.

D

Apenas II, III e IV.

Gabarito:

Apenas I, II e IV.



Resolução:

I - Fazendo a média dos casos de covid com pacientes femininos e masculinos nas faixas etárias ditas:

M_F = frac{5+17+21}{3} = frac{43}{3}

M_M = frac{4+11+33}{3} = frac{48}{3}

Logo M_M > M_F, verdadeira.

II- Calculando primeiramente a média dos dados ditos:

M_M = frac{11+33+19}{3} = frac{63}{3} = 21

M_F = frac{17+21+19}{3} = frac{57}{3} = 19

Calculando o desvio padrão:

Dp_M = sqrt{frac{(11-21)^2 + (33-21)^2 + (19-21)^2}{3}} = sqrt{frac{248}{3}}

Dp_F = sqrt{frac{(17-19)^2 + (21-19)^2 + (19-19)^2}{3}} = sqrt{frac{8}{3}}

Portanto Dp_M>Dp_F, verdadeira.

III- Observando podemos ver que a mediana do masculino é 14 e do feminino é 12. Logo, falso.

IV- Observando podemos ver que a moda é 38. Logo, verdadeiro.

Letra B



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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