(UFU - 2021 - MEDICINA)
Em pesquisa sobre a participação política dos alunos da Unb, a cientista política Débora Messemberg apresentou os seguintes resultados: “assume destaque a baixíssima participação desses universitários em instituições associativas e representativas. Mais de 87% deles não participam de nenhuma associação nem são membros de algum conselho, sindicato ou movimento social.”.
MESSEMBERG, Débora. Civitas, Rev. Ciênc. Soc.[online]. 2015, Vol. 15, n.1, Jan-Mar, pp.1-23
O reduzido interesse por política é considerado um desafio para a democracia, já que a participação política nesse regime
permite a organização da sociedade civil, a fim de garantir as demandas da classe política.
ocorre por meio de eleições censitárias, assegurando o exercício da cidadania ampliada.
estabelece o acesso ao espaço público, limitando o debate argumentativo e oportunizando o controle sobre os representantes.
garante a legitimidade do governo, ao apresentar demandas sociais a serem observadas na formulação de políticas públicas.
Gabarito:
garante a legitimidade do governo, ao apresentar demandas sociais a serem observadas na formulação de políticas públicas.
d) Correta. garante a legitimidade do governo, ao apresentar demandas sociais a serem observadas na formulação de políticas públicas.
A reduzida participação de estudantes em movimentos e organizações sociais e políticos diminui o exercício da cidadania e do exercício da democracia participativa, fundada na participação dos cidadãos nas demandas sociais, que é a base para a construção de políticas públicas. Isso implica na importância de valorizar, segundo o texto, a participação desses grupos em movimentos e organizações, a fim de garantir a legitimidade do governo, ao apresentar demandas sociais a serem observadas na formulação de políticas públicas.
a) Incorreta. permite a organização da sociedade civil, a fim de garantir as demandas da classe política.
A participação nos movimentos sociais e políticos por parte de indivíduos da sociedade não visa a organização da sociedade civil para garantir as demandas da classe política, justamente o contrário. Essa alternativa estabelece o controle da sociedade para a manutenção da classe política, o que se opõe às ideias estabelecidas no texto.
b) Incorreta. ocorre por meio de eleições censitárias, assegurando o exercício da cidadania ampliada.
As eleições censitárias não ampliam o exercício da cidadania.
c) Incorreta. estabelece o acesso ao espaço público, limitando o debate argumentativo e oportunizando o controle sobre os representantes.
O que propõe o texto não estabelece o acesso ao espaço público, pois já pressupõe que este esteja garantido; também não limita o o debate argumentativo, mas o amplia.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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