Questão 73688

(AFA - 2023)

 

Directions: Read Text V and answer questions 09, 10 and 11 accordingly.

 

TEXT IV

  I know I shall meet my fate
  Somewhere among the clouds above;
  Those that I fight I do not hate,
  Those that I guard I do not love;
My country is Kiltartan Cross,
  My countrymen Kiltartan’s poor,
  No likely end could bring them loss
  Or leave them happier than before.
  Nor law, nor duty bade1 me fight,
10  Nor public men, nor cheering crowds,
  A lonely impulse of delight
  Drove to this tumult in the clouds;
  I balanced all, brought all to mind,
  The years to come seemed waste of breath,
15  A waste of breath the years behind
  In balance with this life, this death.

 

(YEATS, W.B. An Irish Airman Foresees His Death in Rhyme and Reason, An Anthology. Org. O’MALLEY, Raymond. HartDavis Educational.)

 

Vocabulary:

1. Bid (bade, bidden): to tell somebody to do something.

 

TEXT V

  Oh, I’ve just come from the land of the sun
  From a war that must be won
  In the name of truth
  With our soldiers so brave
Your freedom we will save
  With our rifles and grenades
  And some help from God
  I want to see my family
  My wife and child waiting for me
10  I’ve got to go home
  I’ve been so alone you see
  You just can’t believe
  The joy I did receive
  When I finally got my leave
15  And I was going home
  Oh, I flew through the sky
  My convictions could not lie
  For my country I would die
  And I will see it soon
20  When I walked through the door
  My wife she laid upon the floor
  And with tears her eyes were sore
  I did not know why
  Then I looked into her hand
25  And I saw the telegram
  Said that I was a brave, brave man
  But that I was dead

 

(SUMMER, Bernard; GILBERT, Gillian; HOOK, Peter; MORRIS, Stephen. Lyrics to Love Vigilantes, performed by New Order, Low Life CD, track 1, Universal Music Publishing Group, 1986. Taken from https://lyricfind.com)

 

 

Whose characteristic is described below? Write 4 for the speaker in Text IV, and 5 for the speaker in Text V.

 

(  ) He is driven by a patriotic fervor.

(  ) He is fighting because he cares who wins.

(  ) He is believed to have been killed in action.

(  ) Nothing else in his life seems worth pursuing.

(  ) He considers aspects of his past, present and future.

 

Now, mark the correct option.

A

5 / 5 / 5 / 4 / 4

B

5 / 5 / 4 / 4 / 5

C

4 / 4 / 5 / 5 / 4

D

4 / 4 / 4 / 5 / 5

Gabarito:

5 / 5 / 5 / 4 / 4



Resolução:

(5) Isso pode ser observado no início da música, com a frase from a war that must be won. Há um sentimento de patriotismo muito forte na fala do eu lírico, que realmente acredita na necessidade de vitória de sua nação na guerra.

(5) A partir da mesma frase, podemos concluir justamente que o eu lírico se importa com quem ganha a guerra, já que ele quer que o próprio país obtenha a vitória. No texto IV, isso não aparece.

(5) A esposa do homem recebeu um telegrama dizendo que ele havia sido morto.

(4) Isso pode ser observado em "The years to come seemed waste of breath,/A waste of breath the years behind/In balance with this life, this death".

(4) O eu lírico comenta sobre motivações, fatos do presente e intenções/esperanças para o futuro, o que o personagem do texto V não faz, já que ele se concentra no presente.

Já que a sequência correta é 5-5-5-4-4, a alternativa a ser assinalada é a de letra A.



Questão 2230

(Epcar (Afa) 2015) Assinale a alternativa que analisa de maneira adequada a figura de linguagem utilizada.

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Questão 2245

(AFA - 2016)

TEXTO II
FAVELÁRIO NACIONAL

 Carlos Drummond de Andrade

Quem sou eu para te cantar, favela,
Que cantas em mim e para ninguém
a noite inteira de sexta-feira
e a noite inteira de sábado
E nos desconheces, como igualmente não te
conhecemos?
Sei apenas do teu mau cheiro:
Baixou em mim na viração,
direto, rápido, telegrama nasal
anunciando morte... melhor, tua vida.
...
Aqui só vive gente, bicho nenhum
tem essa coragem.
...
Tenho medo. Medo de ti, sem te conhecer,
Medo só de te sentir, encravada
Favela, erisipela, mal-do-monte
Na coxa flava do Rio de Janeiro.

Medo: não de tua lâmina nem de teu revólver
nem de tua manha nem de teu olhar.
Medo de que sintas como sou culpado
e culpados somos de pouca ou nenhuma irmandade.
Custa ser irmão,
custa abandonar nossos privilégios
e traçar a planta
da justa igualdade.
Somos desiguais
e queremos ser
sempre desiguais.
E queremos ser
bonzinhos benévolos
comedidamente
sociologicamente
mui bem comportados.
Mas, favela, ciao,
que este nosso papo
está ficando tão desagradável.
vês que perdi o tom e a empáfia do começo?
...

(ANDRADE, Carlos Drummond de, Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984)

Nos versos abaixo, percebe-se que foram utilizadas figuras de linguagem, enfatizando o sentimento do eu-lírico. Porém, há uma opção em que não se verifica esse fato. Assinale-a.

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Questão 2250

(AFA - 2015)

MULHER BOAZINHA

(Martha Medeiros)

     Qual o elogio que uma mulher adora receber1?
     2Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.
     Diga que ela é uma mulher inteligente3 , 4e ela irá com a sua cara.
     Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número.
     Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
     5Mas não pense que o jogo está ganho6: manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.
     7Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que 8ela é um avião no mundo dos negócios.
      Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical.
     Agora 9quer ver o mundo cair 10?
     Diga que ela é muito boazinha.
     Descreva aí uma mulher boazinha.
     Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão.
     Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana.
     Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.
     11Nunca teve um chilique.
      12Nunca colocou os pés num show de rock.
     É queridinha.
     Pequeninha.
     Educadinha.
     13Enfim, uma mulher boazinha.
     Fomos boazinhas por séculos.
     Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.
     Vivíamos no nosso mundinho, 14rodeadas de panelinhas e nenezinhos.
     A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho.
     Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa.
     15Quietinhas, mas inquietas.
     16Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
     Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais.
     Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.
     Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.
      Pitchulinha é coisa de retardada.
     Quem gosta de diminutivos, definha.
     Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
     17Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
     As boazinhas não têm defeitos.
     Não têm atitude.
     Conformam-se com a coadjuvância.
     PH neutro.
     Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.
     Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é 18isso que somos hoje.
     Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
     As “inhas” não moram mais aqui.
     Foram para o espaço, sozinhas.

(Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTc1ODIy/ acesso em 28/03/14)

 

Leia os fragmentos abaixo:

Quietinhas, mas inquietas. (ref.15)
Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. (ref.17)

I. O grau superlativo absoluto sintético foi utilizado para estabelecer a diferença entre as mulheres boas e as boazinhas.

II. O paradoxo foi utilizado no primeiro fragmento para ressaltar a complexidade do comportamento feminino por meio da coexistência de aspectos opostos.

III. Ambos os fragmentos apresentam como recursos expressivos o jogo com palavras cognatas e o uso da adversidade.

Estão corretas as alternativas:

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Questão 2251

(Epcar (Afa) 2015) Assinale a alternativa que analisa de maneira adequada a figura de linguagem utilizada. 

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