Questão 74994

(UFU - 2021)

Há tempos são discutidas possibilidades para o uso de energia, principalmente as chamadas energias renováveis, que causam menos impacto no ambiente. Cláudia e Márcia, ao conversarem sobre a construção de uma piscina em um clube, com 8m de comprimento, 3m de largura e 1,5m de profundidade, tentam buscar soluções para o aquecimento de sua água, conforme diálogo abaixo

Cláudia: – Pensei em usar um sistema de aquecimento a lenha.

Márcia: – Sim, mas é preciso pensar nas consequências que isso tem a longo prazo no meio ambiente. Por que você não instala a piscina em local aberto, de tal forma a aproveitar de maneira natural a própria energia do Sol?

Cláudia: – Pode ser. Mas a energia que vem da queima da lenha indiretamente também não veio do Sol?

A) Com base no texto e no diálogo apresentado, responda, do ponto de vista físico, à pergunta apresentada por Cláudia.

B) Considerando-se que a taxa de absorção da radiação solar por unidade de área é de 200 calorias por metro quadrado por segundo, e que, em média, a temperatura da água da piscina no início da manhã seja de 20°C, obtenha, por meio de cálculos, a temperatura que a água atingiria após 5 horas ininterruptas de radiação solar em toda a superfície da piscina, assumindo que tal taxa é constante ao longo do tempo.

Adote cágua = 1 cal/(g.°C) e densidade água = 1 g/cm3

Gabarito:

Resolução:

A) A fonte de energia primária do planeta Terra é o Sol. Assim, a matéria orgânica utilizada para para aquecer a piscina já teve que ser produzida por fotossíntese, de maneira tal que a fonte primária continua sendo o sol.

B)

A intensidade é dada por:

I = frac{E}{A cdot Delta t}

200 = frac{mcDelta 	heta}{24 cdot 18000}

200 = frac{36 cdot 10^{6} cdot Delta 	heta}{24 cdot 18000}

Delta 	heta = 2,4  ^{circ}C

	heta - 	heta _{0} = 2,4 Rightarrow 	heta - 20 = 2,4 Rightarrow 	heta = 22,4 ^{circ}



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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