Questão 77177

(UNICAMP - 2023 - 1ª fase)

 

COVID AND SMELL LOSS: SOME ANSWERS EMERGE

 

Researchers are making headway in understanding how coronavirus causes loss of smell. Several potential treatments to tackle the condition are undergoing clinical trials, including steroids and blood plasma. Recently, a study surveyed 616,318 people in the United States who have had COVID-19. It found that, compared with those who had been infected with the original virus, people who had contracted the Alpha variant were 50% as likely to have chemosensory disruption. This probability fell to 44% for the Delta variant, and to 17% for Omicron. However, a significant portion of people infected early in the pandemic still experience chemosensory effects. A 2021 study followed 100 people who had had mild cases of COVID-19 and 100 people who repeatedly tested negative. More than a year after their infections, 46% of those who had had COVID-19 still had smell problems; by contrast, just 10% of the control group had developed some smell loss, but for other reasons. Furthermore, 7% of those who had been infected still had total smell loss, or ‘anosmia’, at the end of the year. Given that more than 500 million cases of COVID-19 have been confirmed worldwide, tens of millions of people probably have lingering smell problems.

(Adaptado de: https://www.nature.com/articles/d41586-022-01589-z. Acesso em 22/06/2022.)

 

Segundo o texto,

A

o percentual de pessoas infectadas pelo coronavírus a apresentarem problemas de olfato vem aumentando à medida que o vírus evolui.

B

esteroides e plasma sanguíneo são tipos de tratamentos eficazes contra a perda de olfato após infecção por coronavírus.

C

a perda total de olfato, chamada de “anosmia”, ainda estava presente, em 2021, em 7% das pessoas infectadas por coronavírus no começo da pandemia.

D

problemas olfativos provavelmente persistem em 500 milhões de pessoas que foram infectadas pelo coronavírus.

Gabarito:

a perda total de olfato, chamada de “anosmia”, ainda estava presente, em 2021, em 7% das pessoas infectadas por coronavírus no começo da pandemia.



Resolução:

a) Alternativa incorreta. As porcentagens mostram que a chance de ter perda de olfato diminui de acordo com a evolução do vírus ("people who had contracted the Alpha variant were 50% as likely to have chemosensory disruption. This probability fell to 44% for the Delta variant, and to 17% for Omicron").

b) Alternativa incorreta​​​​​​​. O texto cita essas possibilidades enquanto estudos, sem dizer que são tratamentos eficazes, já que ainda não se chegou a alguma conclusão.

c) Alternativa correta​​​​​​​. Isso pode ser confirmado no trecho "Furthermore, 7% of those who had been infected still had total smell loss, or ‘anosmia’, at the end of the year". Como o estudo é de 2021, at the end of the year se refere ao final de 2021.

d) Alternativa incorreta​​​​​​​. O texto diz que foram registrados mais de 500 milhões de casos de Covid no mundo, não que 500 milhões de pessoas tiveram problemas olfativos.



Questão 2440

(Unicamp 2016)

Em sua versão benigna, a valorização da malandragem corresponde ao elogio da criatividade adaptativa e da predominância da especificidade das circunstâncias e das relações pessoais sobre a frieza reducionista e generalizante da lei. Em sua versão maximalista e maligna, porém, a valorização da malandragem equivale à negação dos princípios elementares de justiça, como a igualdade perante a lei, e ao descrédito das instituições democráticas.

(Adaptado de Luiz Eduardo Soares, Uma interpretação do Brasil para contextualizar a violência, em C. A. Messeder Pereira, Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 23-46.)

Considerando as posições expressas no texto em relação à valorização da malandragem, é correto afirmar que:

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Questão 2558

(UNICAMP - 2016 - 1ª fase)

É possível fazer educação de qualidade sem escola

É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.

Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento).

Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica.

O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.”

Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda.

Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro”  biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”.

Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as  erramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem.

"Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala,  recisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os  nstrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”

Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se  entir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política e  governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.

(Qsocial, 09/12/2014. Disponível em http://www.cpcd.org.br/portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)

 

A partir da identificação de várias expressões nominais ao longo do texto, é correto afirmar que:

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Questão 2559

(Unicamp 2016)

 

Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar

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Questão 2560

(Unicamp 2015)

 

Dados numéricos e recursos linguísticos colaboram para a construção dos sentidos de um texto.

Leia os títulos de notícias a seguir sobre as vendas do comércio no último Dia dos Pais.

 

Venda para o Dia dos Pais cresceu 2% em relação ao ano passado.

Adaptado de O Diário Online, 15/08/2014. Disponível em http://www.odiarioonline.com.br/noticia/26953/. Acessado em 20/08/2014.

 

Só 4 em cada 10 brasileiros compraram presentes no Dia dos Pais.

Época São Paulo, 17/08/2014. Disponível em http://epoca.globo.com/regional/sp/Consumo. Acessado em 20/08/2014.

 

 

Podemos afirmar que:

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