(UNICAMP - 2023 - 2ª fase)
A história ambiental examina tanto a interação humana como mundo natural ao longo do tempo quanto as formas como as pessoas moldam o meio ambiente e são moldadas por ele. As paisagens são profundamente moldadas pela cultura, migração humana, relações de poder e redes imperiais. Estudos ambientais das antigas sociedades de plantation têm incentivado uma perspectiva atlântica transnacional.
(Referência do mapa e do excerto: CARNEY, J. A.; WATKINS, C. Arroz, protagonismo africano e a transformação ecológica das Américas. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 16(2), 2021, p. 12. / Adaptado de: CAÑIZARES-ESGUERRA, J.; BREEN, B. Hybrid atlantics: future directions for the history of the Atlantic World. History Compass, 11(8), 2013, p. 597-609.)
a) O mapa sintetiza os circuitos de difusão do arroz africano (o. glaberrima) nas Américas desde a segunda metade do século XVII. Cite e analise um aspecto da difusão do arroz nas Américas que evidencie a relação entre o trânsito de pessoas e seu impacto na transformação ecológica do Novo Mundo.
b) Identifique o continente de origem do milho e, com base no excerto, analise um elemento do processo de transmissão dos saberes
em torno de sua cultura nas Américas do período colonial.
Gabarito:
Resolução:
a) O mapa sintetiza os circuitos de difusão do arroz africano (o. glaberrima) nas Américas desde a segunda metade do século XVII. Cite e analise um aspecto da difusão do arroz nas Américas que evidencie a relação entre o trânsito de pessoas e seu impacto na transformação ecológica do Novo Mundo.
A difusão do arroz nas Américas acompanha a ocupação das regiões colonizadas pelos europeus e que se desenvolveram o sistema da plantation. O cultivo deste alimento já fazia parte do cotidiano de populações africanas que foram escravizadas e traficadas para diferentes partes da América. Uma vez no Novo Mundo, o cultivo do arroz alterou a paisagem a fim de atender as necessidades econômicas coloniais e também para a alimentação dos indivíduos que viviam nestas regiões.
b) Identifique o continente de origem do milho e, com base no excerto, analise um elemento do processo de transmissão dos saberes em torno de sua cultura nas Américas do período colonial.
O milho é originário do continente Americano, sendo base da alimentação de diversos povos que habitavam o continente. Durante o período colonial, os europeus tiveram contato com este alimento e com seus benefícios nutricionais. Diante disso, se apropriaram das técnicas de cultivo do milho desenvolvidas pelos nativos americanos e as levaram para as metrópoles européias.
(Unicamp 2016)
Em sua versão benigna, a valorização da malandragem corresponde ao elogio da criatividade adaptativa e da predominância da especificidade das circunstâncias e das relações pessoais sobre a frieza reducionista e generalizante da lei. Em sua versão maximalista e maligna, porém, a valorização da malandragem equivale à negação dos princípios elementares de justiça, como a igualdade perante a lei, e ao descrédito das instituições democráticas.
(Adaptado de Luiz Eduardo Soares, Uma interpretação do Brasil para contextualizar a violência, em C. A. Messeder Pereira, Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 23-46.)
Considerando as posições expressas no texto em relação à valorização da malandragem, é correto afirmar que:
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(UNICAMP - 2016 - 1ª fase)
É possível fazer educação de qualidade sem escola
É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento).
Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica.
O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.”
Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda.
Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro” biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”.
Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as erramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem.
"Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala, recisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os nstrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”
Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se entir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política e governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.
(Qsocial, 09/12/2014. Disponível em http://www.cpcd.org.br/portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)
A partir da identificação de várias expressões nominais ao longo do texto, é correto afirmar que:
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(Unicamp 2016)
Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar
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(Unicamp 2015)
Dados numéricos e recursos linguísticos colaboram para a construção dos sentidos de um texto.
Leia os títulos de notícias a seguir sobre as vendas do comércio no último Dia dos Pais.
Venda para o Dia dos Pais cresceu 2% em relação ao ano passado.
Adaptado de O Diário Online, 15/08/2014. Disponível em http://www.odiarioonline.com.br/noticia/26953/. Acessado em 20/08/2014.
Só 4 em cada 10 brasileiros compraram presentes no Dia dos Pais.
Época São Paulo, 17/08/2014. Disponível em http://epoca.globo.com/regional/sp/Consumo. Acessado em 20/08/2014.
Podemos afirmar que:
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