(UFU - 2022)
Quem estiver acompanhando o programa eleitoral gratuito na TV deve ter percebido como ficou difícil descobrir o partido de cada candidato. As letras miúdas que aparecem no canto da tela ajudam pouco. Mesmo no material impresso da campanha, há pouco destaque para o nome e para a logomarca do partido. No rádio, a lista dos integrantes da coligação é lida em um ritmo tão veloz que, na maior parte das vezes, é impossível captar todos os partidos. Esse fenômeno, o de ocultar ou mesmo evitar uma associação entre o candidato e um partido, já vinha ocorrendo em eleições anteriores, mas foi acentuado na campanha para as eleições municipais deste domingo.
YASINI, Inayatulhaq. Por que tantos candidatos a prefeito 'escondem' nome e logomarca de partidos nas campanhas. Terra, 2016. Disponível em: . Acesso em: 11 set. 2022.
A ocultação da sigla partidária por candidatos durante a campanha eleitoral evidencia
a limitação da participação popular diante da crescente influência de movimentos sociais e de sindicatos no processo eleitoral.
o avanço do domínio da burocracia estatal na definição de agendas políticas e na escolha de candidatos na disputa eleitoral.
o enfraquecimento da capacidade de as instituições partidárias organizarem e representarem os interesses de parcelas da população.
a ampliação do acesso das minorias sociais ao debate público e aos cargos públicos eletivos.
Gabarito:
o enfraquecimento da capacidade de as instituições partidárias organizarem e representarem os interesses de parcelas da população.
c) Correta. o enfraquecimento da capacidade de as instituições partidárias organizarem e representarem os interesses de parcelas da população.
A ocultação da sigla partidária por candidatos durante a campanha eleitoral evidencia o enfraquecimento da capacidade das instituições partidárias em organizar e representar os interesses de parcelas da população. A ausência de destaque para o nome e logomarca do partido, bem como a dificuldade de identificar a filiação partidária dos candidatos, mostra uma tendência de distanciamento entre os candidatos e suas agremiações partidárias. Isso pode ser interpretado como um enfraquecimento da identificação partidária por parte dos eleitores e uma maior ênfase na imagem pessoal do candidato em detrimento das propostas e ideais partidários.
a) Incorreta. a limitação da participação popular diante da crescente influência de movimentos sociais e de sindicatos no processo eleitoral.
A população não sofre limitação com a influência de movimentos sociais e de sindicatos no processo eleitoral.
b) Incorreta. o avanço do domínio da burocracia estatal na definição de agendas políticas e na escolha de candidatos na disputa eleitoral.
Não é a burocracia estatal que tem diminuído a representação dos partidos políticos.
d) Incorreta. a ampliação do acesso das minorias sociais ao debate público e aos cargos públicos eletivos.
A ampliação do acesso das minorias sociais ao debate público e aos cargos públicos eletivos não coopera para a diminuição da representação dos partidos políticos.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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