Questão 77535

(UFU - 2022) 

 

Um projeto de um cartaz está sendo desenvolvido por um designer gráfico. Assim, uma região retangular EFGH de lados medindo, em centímetros, valores a e b, b > a, na razão 2:3, será posicionada no interior da região retangular ABCD, tendo margens igualmente distantes das respectivas margens de ABCD, conforme indicado na figura que segue, sendo x a medida, em cm, do distanciamento das margens.

A região exterior a EFGH e interior a ABCD será preenchida por uma moldura decorativa, no interior de EFGH será desenvolvida toda a arte relacionada à propaganda. O designer está projetando o cartaz de forma que o perímetro de ABCD seja de 7,4 metros e a medida da menor trajetória de extremidades A e E seja de 30sqrt{2}  cm.

Segundo as informações apresentadas, a área de EFGH, onde será realizada a arte, é igual a

A

1,5 m2

B

2,5 m2

C

2,3 m2

D

5,0  m2

Gabarito:

1,5 m2



Resolução:

Sabendo que b>a, e que estão na escala de 2:3, temos:

frac{a}{b}=frac{2}{3}
ightarrow a=frac{2b}{3}

E sabendo que EA é 30sqrt2 cm, podemos analisar como a diagonal de um quadrado de lado x, que pode ser descrita como lsqrt2, assim:

30sqrt2=xsqrt2
ightarrow x=30

Com isso podemos expandir o perímetro:

2a+2b+8x=7,4m

\2cdot frac{2b}{3}+2b+8cdot 0,3m=7,4m\\ frac{4b+6b}{3}+2,4m=7,4m\\ frac{10b}{3}=5m
ightarrow 10b=15m
ightarrow b=1,5m

a=frac{2b}{3}
ightarrow a=frac{2cdot1,5}{3}
ightarrow a=frac{3}{3}=1m

Esses são os lados da área que será decorada. 

Como a área do retêngulo é base x altura, temos que a área de EFGH será:

1,5mcdot 1m=1,5m^2

Letra A



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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