(UFU - 2022)
A Declaração de Direitos, conhecida também como Bill of Rights of 1689, foi um documento legal concebido pelo Convention Parliament, estabelecido logo após a fuga do rei Jaime II frente à chegada das tropas de Guilherme de Orange em território britânico. Esse documento apresentou importantes desdobramentos políticos e sociais na Inglaterra do século XVII.
A partir dessas informações,
A) explique por que a Declaração de Direitos é considerada um dos pilares do sistema constitucional do Reino Unido.
B) explique o contexto político da Revolução Gloriosa, que antecedeu à criação da Declaração de Direitos.
Gabarito:
Resolução:
A) A Declaração de Direitos de 1689 é assim considerada, pois limitava os poderes do Rei de acordo com a vontade popular, representada pelo Parlamento, garantia a liberdade individual, a liberdade de imprensa e o direito à propriedade privada. Definia os deveres e a condição de cidadãos aos ingleses, vedando, ainda, a instituição de impostos excessivos e punições cruéis e incomuns.
B) Entre 1688 e 1689, a Inglaterra presenciou um movimento parlamentar, apoiado tanto pelos Tories (em origem, partidários das prerrogativas reais), quanto pelos Whigs (adeptos de uma monarquia limitada pelo parlamento), contra os poderes absolutistas do Rei inglês. Ao fortalecer os católicos, Jaime II entrou em confronto com o parlamento, composto majoritariamente por puritanos, defensores de regramento constitucional para o poder monárquico. O conflito foi acirrado pelo nascimento de Jaime Eduardo, herdeiro do trono, que possivelmente perpetuaria o absolutismo e fortaleceria religião católica na Inglaterra. A maioria parlamentar se articulou com o casal Maria Stuart, filha do Rei, e Guilherme de Orange, ambos calvinistas, para dar término ao reinado de Jaime II. Tropas organizadas por Guilherme de Orange fizeram com que o Rei fugisse para a França. Após destronar o Rei Absolutista, Guilherme de Orange e Maria Stuart foram coroados Rei e Rainha da Inglaterra. A Revolução Gloriosa demarcou o fim da Revolução Puritana. Antes da coroação, o novo Rei e a nova Rainha juraram ao Parlamento que reinariam sob regras constitucionais.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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