Questão 77666

(UFU - 2022)

 

Después de los últimos exámenes del segundo grado llegaron las vacaciones. La madre de Ernesto había vendido la camioneta para pagar el funeral de su padre y aún tenía deudas pendientes, por ello había organizado un negocio de pastelería a domicilio del cual se ocupaba cuando salía de la oficina. No había dinero para paseos y el niño se consumía periódicamente delante de la televisión, por este motivo, su madre lo enviaba con frecuencia a realizar alguna diligencia cercana. Una mañana lo envió temprano a entregar un pastel recién horneado para el cumpleaños de una niña residente en los linderos del barrio, ni muy cerca ni muy lejos. Cuando Ernesto dio con la dirección entendió que aquella casa sin cochera era la misma de la niña con bicicleta, fue ella quien le abrió la puerta minutos después de accionar el timbre.

-¿Vos cumplís años? Me enviaron aquí a entregar este pastel, le lanzó Ernesto a quemarropa. -¡Sí! Estoy cumpliendo diez años, ¿vos apenas vas en segundo, verdad?- le respondió algo burlona. El niño, un poco incómodo, aseveró: -Ya pasé a tercero y en un mes cumplo nueve años. Como si quisiera afianzar su autoestima, agregó con intrepidez: -¿Todavía podría montar tu bici? La niña rio de buena gana y lo invitó a pasar a la casa, llamó a su padre, quien tomó el pastel y le dio al niño algunos billetes que él guardó celosamente en el monedero de su madre. Victoria le contó que su padre le había regalado una bicicleta nueva, por lo tanto, podían salir a pasear juntos si él quería usar la otra. Emocionado, Ernesto aceptó, no sin antes mirar de soslayo al padre de Victoria, quien aprobó la idea siempre y cuando no pedalearan entre los autos.

FUENTES BELGRAVE, L. La revolución viene en bicicleta. Disponível em: https://servicioskoinonia.org/cuentoscortos/articulo.php?num=106. Acesso em: 12 ago. 2022 (Fragmento).

 

RESPONDA A QUESTÃO EM PORTUGUÊS. RESPOSTAS EM ESPANHOL NÃO SERÃO ACEITAS.

 

A) ¿Qué llevó la madre de Ernesto a organizar un negocio de pastelería? ¿En qué consiste esa actividad? ¿Cómo y por qué Ernesto actúa en ella?

B) Copia una oración en la que se ha utilizado el voseo. Explica en qué consiste esa forma de tratamiento e indica el continente de origen de los personajes a causa de la variedad lingüística utilizada.

Gabarito:

Resolução:

A) A mãe do Ernesto abriu seu próprio negócio de venda de tortas e bolos após a morte de seu companheiro, pai do menino, e devido às dívidas que possuía naquele momento. Essa atividade consistia em fazer bolos e tortas para entrega em domicílio. Como a família não tinha dinheiro para passeios e Ernesto passava muito tempo ocioso em frente à televisão, sua mãe decidiu ocupá-lo colocando-o para fazer as entregas das encomendas nas casas dos clientes.

B) As frases que apresentam o “voseo” no texto são: “¿Vos cumplís años?” e “Vos apenas vas en segundo, ¿verdad?” (qualquer uma das duas frases será considerada correta). O “voseo” é um fenômeno linguístico que ocorre na língua espanhola, no qual o pronome de tratamento informal e singular TÚ é substituído pelo pronome VOS em regiões específicas como Argentina e Uruguai, a região do “Río de la Plata”. Essa forma de tratamento informal e coloquial, além de alterar o pronome, modifica também algumas conjugações verbais. Podemos afirmar que os personagens do texto em questão são do continente americano, especificamente da América do Sul, continente onde se localiza o “Río de la Plata”.



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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