(ENEM PPL - 2022)
De Seattle a Porto Alegre, contramovimentos espontâneos estariam emergindo pragmaticamente na esteira da nova onda de mercantilização causada pela globalização. Assim, somados, o aumento da feminilização, as diferentes formas de flexibilização e o aumento da informalidade verificados em escala global serviriam para aproximar objetivamente os interesses do proletariado do norte e sul globalizados, possibilitando uma retomada do processo de internacionalização das práticas solidárias.
BRAGA, R. A rebeldia do precariado: trabalho e neoliberalismo no sul global. São Paulo: Boitempo, 2017 (adaptado).
A unificação da pauta dos movimentos sociais internacionais, descrita no texto, tem como principal objetivo:
Denunciar o tráfico de pessoas.
Contestar a corrida armamentista.
Condenar a degradação ambiental.
Desaprovar o comércio transnacional.
Combater a precarização do emprego.
Gabarito:
Combater a precarização do emprego.
a) Denunciar o tráfico de pessoas.
Incorreta. Não há menção ao tráfico de pessoas. De acordo com o texto, o movimento em questão provém do “aumento da feminilização, as diferentes formas de flexibilização e o aumento da informalidade” e diz respeito aos “interesses do proletariado do norte e sul globalizados”. Ou seja, a denúncia está relacionada ao campo trabalhista — o que também fica explícito na própria referência do texto.
b) Contestar a corrida armamentista.
Incorreta. O texto não menciona nada relacionado à corrida armamentista, mas sim às condições de trabalho no contexto de globalização, pela menção a “flexibilização”, “informalidade”, “interesses do proletariado do norte e sul globalizados” no excerto, e a “precariado” e “trabalho” na referência do texto.
c) Condenar a degradação ambiental.
Incorreta. O tema do mundo globalizado não é abordado nessa perspectiva, mas sim a partir das mudanças que a globalização causou no campo do trabalho, cuja consequência são os movimentos que emergiram para defender os “interesses do proletariado do norte e sul globalizados”.
d) Desaprovar o comércio transnacional.
Incorreta. O comércio transnacional relaciona-se ao texto indiretamente — “nova onda de mercantilização causada pela globalização.” — mas a denúncia do movimento em questão diz respeito especificamente às condições de trabalho nesse contexto.
e) Combater a precarização do emprego.
Correta. Como se vê na referência do excerto, os movimentos discutidos são compostos pelo “precariado”, termo que surgiu para designar a parcela do proletariado que tem sido vítima de uma precarização crescente de suas condições de trabalho no contexto em questão: “o aumento da feminilização, as diferentes formas de flexibilização e o aumento da informalidade verificados em escala global”.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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