(ENEM PPL - 2022)
A velha potência de morte em que se simbolizava o poder soberano é agora, cuidadosamente, recoberta pela administração dos corpos. Aparecimento, também, nos terrenos das práticas políticas e observações econômicas, dos problemas de natalidade, longevidade, saúde pública, habitação e migração.
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988 (adaptado).
O texto aponta para a emergência, a partir de meados do século XIX, de um novo tipo de gestão da sociedade ocidental, centrado na
ordenação calculista das vidas.
exposição ostensiva das punições.
distribuição igualitária das riquezas.
supressão estratégica das fronteiras.
espacialização controlada das classes.
Gabarito:
ordenação calculista das vidas.
a) ordenação calculista das vidas.
Correto. Essa afirmação do texto se refere a uma mudança na forma como o poder soberano é exercido, de uma abordagem mais violenta e direta para uma abordagem mais sutil e administrativa. Em vez de simplesmente impor sua vontade através da força, o poder soberano agora busca controlar e regular os corpos das pessoas através de várias políticas públicas. Além disso, essa mudança no poder soberano também está levando a uma maior preocupação com questões relacionadas à saúde pública e bem-estar geral da população, como natalidade, longevidade, habitação e migração. Essas questões são vistas como problemas que devem ser gerenciados e regulamentados pelo Estado, a fim de garantir o funcionamento eficiente da sociedade como um todo.
b) exposição ostensiva das punições.
Incorreto. Implica em um uso aberto e ostensivo da violência como uma ferramenta de controle social. Como mencionado no texto, o poder soberano está se afastando dessa abordagem mais direta e violenta
c) distribuição igualitária das riquezas.
Incorreto. Também não está diretamente relacionada ao tema discutido no texto. Embora a questão da distribuição de riqueza seja importante para a justiça social, ela não se relaciona diretamente com a mudança na forma como o poder soberano é exercido.
d) supressão estratégica das fronteiras.
Incorreto. Embora as questões relacionadas às fronteiras possam ter implicações para a migração e a mobilidade da população, elas não estão diretamente relacionadas à mudança na forma como o poder soberano é exercido
e) espacialização controlada das classes.
Incorreto. Embora o texto se refira a uma maior preocupação com questões de saúde pública, habitação e migração, ele não menciona explicitamente uma estratégia para espacializar ou controlar as classes sociais.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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