(ENEM PPL - 2022)
“Pretuguês” é o termo cunhado por Lélia Gonzalez para se referir à tradição africana presente na língua portuguesa falada no Brasil; a característica tonal e rítmica do português seria uma herança das línguas dos povos africanos que vieram escravizados para o país. A autora destaca que a presença do “r” no lugar do “l” (quando se diz “framengo”, por exemplo) pode remeter à ausência da letra “l” em certos idiomas africanos do tronco linguístico bantu.
BARTHOLOMEU, J. S. apud GONZALEZ, L. In: Enciclopédia de antropologia. São Paulo: USP. Disponível em: https://ea.fflch.usp.br. Acesso em: 6 out. 2021 (adaptado).
No Brasil, a tradição mencionada no texto foi responsável pela
preservação do tráfico humano.
ampliação do sistema migratório.
diversidade do patrimônio cultural.
variedade do conhecimento autóctone.
multiplicidade do comércio estrangeiro.
Gabarito:
diversidade do patrimônio cultural.
a) preservação do tráfico humano.
Incorreto. A tradição africana presente na língua portuguesa não foi responsável pela preservação do tráfico humano, visto que ele não foi preservado e, quando existia, não era gerado por esse fator.
b) ampliação do sistema migratório.
Incorreto. A tradição referenciada no texto faz menção à reflexos da relação entre os portugueses e africanos no período colonial brasileiro, em decorrência do contato entre esses povos gerado pela colonização portuguesa e escravidão africana no território.
c) diversidade do patrimônio cultural.
Correta. A tradição linguística do Brasil é o resultado da mistura de diversas línguas, incluindo o português, línguas africanas, línguas indígenas e outras línguas europeias. Essa mistura é o reflexo da história do Brasil, que envolveu a colonização portuguesa, a escravidão africana e a presença de povos indígenas. A diversidade linguística do país, bem expressada pelo texto, é um patrimônio cultural único, que reflete a diversidade étnica e cultural da população brasileira.
d) variedade do conhecimento autóctone.
Incorreta. O texto está dizendo justamente o contrário, visto que o conhecimento gerado pela fusão dessas línguas é algo que veio de fora, não um conhecimento próprio do Brasil.
e) multiplicidade do comércio estrangeiro.
Incorreto. O texto não faz relação com o comércio estrangeiro e a tradição linguística brasileira não foi responsável pela multiplicidade do comércio estrangeiro.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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