(ENEM PPL - 2014)
Enquanto as rebeliões agitavam o país, as tendências políticas no centro dirigente iam se definindo. Apareciam em germe os dois grandes partidos imperiais — o Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam magistrados, burocratas, uma parte dos proprietários rurais, especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena classe média urbana, alguns padres e proprietários rurais de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
No texto, o autor compara a composição das forças políticas que atuaram no Segundo Reinado (1840-1889). Dois aspectos que caracterizam os partidos Conservador e Liberal estão indicados, respectivamente, em:
Abolição da escravidão — Adoção do trabalho assalariado.
Difusão da industrialização — Conservação do latifúndio monocultor.
Promoção do protecionismo — Remoção das barreiras alfandegárias.
Preservação do unitarismo — Ampliação da descentralização provincial.
Implementação do republicanismo — Continuação da monarquia constitucional.
Gabarito:
Preservação do unitarismo — Ampliação da descentralização provincial.
a) Abolição da escravidão — Adoção do trabalho assalariado.
Incorreto. Na verdade, os Conservadores eram mais à abolição da escravidão e tendiam a defender a manutenção do trabalho escravo, enquanto os Liberais geralmente defendiam a abolição e a adoção do trabalho assalariado.
b) Difusão da industrialização — Conservação do latifúndio monocultor.
Incorreto. A ordem está inversa, visto que os Liberais tendiam a defender a difusão da industrialização, enquanto os Conservadores tendiam a defender a conservação do latifúndio monocultor, que era a base econômica da aristocracia rural.
c) Promoção do protecionismo — Remoção das barreiras alfandegárias.
Incorreto. Esses fatores não são tanto o foco característico desses dois grupos, que se relacionavam mais com as questões políticas e de autornomia. Porém, os Conservadores de fato tendiam a defender o protecionismo econômico, enquanto os liberais geralmente defendiam a livre concorrência e o livre comércio, mas não necessariamente a remoção das barreiras alfandegárias, visto que elas ajudam a garantir que, mesmo com a entrada de produtos estrangeiros, os nacionais continuem sendo competitivos e, com isso, evita que as empresas do país acabem fechando as portas.
d) Preservação do unitarismo — Ampliação da descentralização provincial.
Correto. Essas são as principais características que costumam ser assinaladas sobre esses dois grupos. Os Conservadores defendiam a preservação do unitarismo, ou seja, um Estado centralizado e forte, enquanto os Liberais geralmente defendiam a descentralização política e a autonomia das províncias.
e) Implementação do republicanismo — Continuação da monarquia constitucional.
Incorreto. Novamente, a ordem está inversa, dado que os Liberais geralmente defendiam a implementação do republicanismo, enquanto os Conservadores defendiam a monarquia constitucional e a preservação da figura do monarca como símbolo de estabilidade política e social.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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