quando é que se decreta
é hoje que sou feliz
quando é que se diz
que se fez a descoberta
quando é que se é indiscreta
e se põe os pingos nos is
quando é que esta força motriz
finalmente liberta
MEDEIROS, Martha. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 2008. P. 122-123 (adaptado).
Nesse poema, a repetição da palavra “quando” é um mecanismo de progressão textual que contribui também para
reforçar a busca por liberdade inerente aos seres humanos.
indicar a inquietação do eu lírico frente a certos aspectos da vida.
marcar um diálogo que o eu lírico pretende estabelecer com o leitor.
elencar dúvidas objetivas do eu lírico passíveis de serem respondidas.
indicar uma sequência temporal de fatos que ocorrem ordenadamente.
Gabarito:
indicar a inquietação do eu lírico frente a certos aspectos da vida.
A) Incorreto. Ao longo do texto, o eu lírico apresenta algumas reflexões que demonstram sua inquietação diante de aspectos subjetivos da vida, sendo o principal deles a felicidade. Não se pode inferir, pelo poema, que a busca por liberdade é inerente aos seres humanos, visto que o eu lírico não se concentra nesse aspecto, usando a palavra “liberta” apenas no último verso apresentado.
B) Correto. Ao longo do texto, o eu lírico apresenta algumas reflexões que demonstram sua inquietação diante de aspectos subjetivos da vida, sendo o principal deles a felicidade. Assim, a repetição da palavra “quando” revela que o eu lírico está inquieto para obter essas respostas, porém, elas não são fáceis de serem respondidas visto seu caráter subjetivo.
C) Incorreto. No poema, o eu lírico propõe reflexões sobre a vida a si mesmo, e não lança suas perguntas ao leitor. Dessa forma, não há uma tentativa de estabelecer um diálogo, mas, sim, de compartilhar suas angústias frente a perguntas subjetivas.
D) Incorreto. A repetição da palavra “quando” tem como objetivo indicar que o eu lírico está inquieto frente a perguntas que não podem ser respondidas facilmente, devido a seu caráter subjetivo. Dessa forma, não estão sendo elencadas dúvidas objetivas passíveis de serem respondidas, mas, sim, autorreflexões profundas.
E) Incorreto. Apesar de a palavra “quando” remeter à ideia de tempo, nesse caso, não há uma sequência temporal de fatos que ocorrem ordenadamente, mas, sim, uma sequência de perguntas subjetivas que o eu lírico se faz. Essas perguntas não seguem uma ordem, mas, sim, são lançadas no texto a fim de reforçarem a inquietação do eu lírico frente às suas questões existenciais.
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Num mundo como o nosso, por um lado marcado pela fluidez do espaço, as questões ligadas à circulação se tornam ainda mais relevantes e, com elas, a situação de um dos componentes mais emblemáticos dos territórios: seus limites. E é aí que surge um dos grandes paradoxos da geografia contemporânea: ao lado da fluidez globalizada aparecem também os fechamentos, as tentativas de controle da circulação de pessoas.
HAESBAERT, R. Da multiterritorialidade aos novos muros: paradoxos da desterritorialização contemporânea. Disponível em: www.posgeo.uff.br. Acesso em: 2 jan. 2013 (adaptado).
O texto aborda um paradoxo marcante do mundo contemporâneo, que consiste na oposição entre
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Entenda a crise na Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e dois líderes da Crimeia assinaram, em março de 2014, um acordo para tornar a República Autônoma parte da Rússia. O tratado foi assinado dois dias após o povo da Crimeia aprovar em um referendo a separação da Ucrânia e a reunificação com a Rússia. A votação foi condenada por Kiev e pela comunidade internacional, que a considera ilegítima.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 28 out. 2014 (adaptado).
A justificativa para o acordo descrito fundamentava-se na ideia de
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Os sofistas inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma das características de nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes de tudo pedagogos, ainda que seja necessário reconhecer a notável originalidade de um Protágoras, de um Górgias ou de um Antifonte, por exemplo. Por um salário, eles ensinavam a seus alunos receitas que lhes permitiam persuadir os ouvintes, defender, com a mesma habilidade, o pró e o contra, conforme o entendimento de cada um.
HADOT, P. O que é a filosofia antiga?. São Paulo: Loyola, 2010 (adaptado).
O texto apresenta uma característica dos sofistas, mestres da oratória que defendiam a(o)
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No protestantismo ascético, temos não apenas a clara noção da primazia da ética sobre o mundo, mas também a mitigação dos efeitos da dupla moral judaica (uma moral interna para os irmãos de crença e outra externa para os infiéis). O desafio aqui é o da ética, que quer deixar de ser um ideal eventual e ocasional (que exige dos virtuosos religiosos quase sempre uma “fuga do mundo”, como na prática monástica cristã medieval) para tornar-se efetivamente uma lei prática e cotidiana “dentro do mundo”.
SOUZA, J. A ética protestante e a ideologia do atraso brasileiro. Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 38, out. 1998.
Retomando o pensamento de Max Weber, o texto apresenta a tensão entre positividade éticoreligiosa e esferas mundanas de ação.
Nessa perspectiva, a ética protestante é compreendida como
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