Questão 8610

(FGV 2012)

O Brasil é um grande exportador de frutas frescas, que são enviadas por transporte marítimo para diversos países da Europa. Para que possam chegar com a qualidade adequada ao consumidor europeu, os frutos são colhidos prematuramente e sua completa maturação ocorre nos navios, numa câmara contendo um gás que funciona como um hormônio vegetal, acelerando seu amadurecimento. Esse gás a 27 ºC tem densidade 1,14 g . L–1 sob pressão de 1 atm. A fórmula molecular desse gás é

Dado: R = 0,082 atm . L . mol–1K–1 

A
Xe
B
O3
C
CH4
D
C2H4
E
N2O4

Gabarito: C2H4

Resolução:

Equação dos gases ideais:

pV = nRT (1)

A quantidade de máteria (n) pode ser escrita como a razão entre a massa (m) e a massa molar (MM):

MM = frac{m}{n} 
ightarrow n = frac{m}{MM} (2)

E a densidade (d) é a razão entre a massa (m) e o volume (V):

d = frac{m}{V} (3)

Substituição de 2 em 1:

pV = frac{mRT}{MM}

Divisão dos dois lados da equação por V:

frac{pV}{V} = frac{m}{MM}RTcdot frac{1}{V}

p = frac{m}{V}frac{RT}{MM} (4)

Substituição de 3 em 4:

p = frac{dRT}{MM}

MM= frac{dRT}{p}(5)

Substituição dos valores na equação 5:

MM= frac{1,14gcdot L^{-1}cdot 0,082 atmcdot Lcdot mol^{-1}cdot K ^{-1}cdot 300K}{1atm}

MM= 28,0gcdot mol^{-1}

Cálculo das massas molares dos gases das alternativas:

a) Xe

MM= 131,3gcdot mol^{-1}

b) O3

MM= 3cdot MM_{O} = 3cdot 16gcdot mol^{-1}

MM= 48gcdot mol^{-1}

c) CH4

MM= MM_{C} + 4cdot MM_{H} = 12gcdot mol^{-1} + 4cdot 1gcdot mol^{-1}

MM= 16gcdot mol^{-1}

d) C2H2

MM= 2cdot MM_{C} + 2cdot MM_{H} = 2cdot 12gcdot mol^{-1} + 2cdot 1gcdot mol^{-1}

MM= 28gcdot mol^{-1}

e) N2O4

MM= 2cdot MM_{N} + 4cdot MM_{O} = 2cdot 14gcdot mol^{-1} + 4cdot 16gcdot mol^{-1}

MM= 92gcdot mol^{-1}

Dos gases apresentados nas alternativas, aquele que possui massa molar 28g.mol-1 é o C2H2.



Questão 1849

(FGV - 2005)

Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".

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Questão 1850

(FGV)

Assinale a alternativa gramaticalmente correta.

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Questão 1855

(FGV - 2008)

No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:

Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.

Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.

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Questão 1863

(FGV - 2008)

Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.

ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?

O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.

O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)

A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.

Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".

Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.

A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.

O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.

(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)

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