Questão 8654

(UFSCar - 2007)

Um modelo relativamente simples para o átomo o descreve como sendo constituído por um núcleo contendo prótons e nêutrons, e elétrons girando ao redor do núcleo. Um dos isótopos do elemento Ferro é representado pelo símbolo 56Fe26. Em alguns compostos, como a hemoglobina do sangue, o Ferro encontra-se no estado de oxidação 2+ (Fe2+).

Considerando-se somente o isótopo mencionado, é correto afirmar que no íon Fe2+:

A

o número de nêutrons é 56, o de prótons é 26 e o de elétrons é 24.

B

o número de nêutrons + prótons é 56 e o número de elétrons é 24.

C

o número de nêutrons + prótons é 56 e o número de elétrons é 26.

D

o número de prótons é 26 e o número de elétrons é 56.

E

o número de nêutrons + prótons + elétrons é 56 e o número de prótons é 28.

Gabarito:

o número de nêutrons + prótons é 56 e o número de elétrons é 24.



Resolução:

Na representação de um elemento químico, são fornecidos o número atômico (Z) e o número de massa (A). Como o número atômico corresponde ao número de prótons e o número de massa corresponde à soma do número de prótons com o número de nêutrons, o número de massa é sempre maior ou igual ao número atômico.

Na representação do ferro (56Fe26), o número maior corresponde ao número de massa (A = 56), e o número menor corresponde ao número atômico (Z = 26).

A formação de íons ocorre devido ao ganho ou perda de elétrons, não sendo alterado o número de prótons e nêutrons. Por isso, no íon Fe2+, o número de prótons continua sendo 26 e o número de massa continua sendo 56.

♦ Número de prótons = 26

♦ Soma do número de prótons e nêutrons = 56

Se o número de massa é a soma de prótons e nêutrons, podemos representar matematicamente por:

A = Z + n^o

Sabendo o número de massa e prótons, encontramos o número de nêutrons:

n^o = A - Z

n^o = 56 - 26 = 30

♦ Número de nêutrons = 30

Como mencionado, a formação de íons ocorre por perda e ganha de elétrons. Como elétrons e prótons tem cargas opostas, átomos neutros possuem a mesma quantidade de prótons e elétrons.

Cátions possuem mais prótons que elétrons, ou seja, houve perda de elétrons.

Ânions possuem mais elétrons que prótons, ou seja, ouve ganho de elétrons.

No caso do Fe+2, por ter carga +2, isso significa que possui dos prótons a mais do que elétrons. Como o número de prótons é 26, o número de elétrons será 24.

♦ Número de elétrons = 24

Analisando cada uma das alternativas:

[A] Incorreta. O número de massa é 56, e o número de nêutrons é 30.

[B] Correta. Como mostrado nos cálculos acima, o número de massa (A = Z + nº) é 56 e o número de elétrons é 24.

[C] Incorreta. O número de elétrons do Fe+2 é 24.

[D] Incorreta. O número de massa é 56 e o número de elétrons do Fe+2 é 24.

[E] Incorreta. O número de nêutrons + prótons é 56 e o número de prótons é 26.



Questão 1851

(UFSCar - 2000) 

Tu amarás outras mulheres
E tu me esquecerás!
É tão cruel, mas é a vida. E no entretanto
Alguma coisa em ti pertence-me!
Em mim alguma coisa és tu.
O lado espiritual do nosso amor
Nos marcou para sempre.
Oh, vem em pensamento nos meus braços!
Que eu te afeiçoe e acaricie...

(Manuel Bandeira: A Vigília de Hero. In: O ritmo dissoluto. Poesia completa e prosa.
2ª ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967, p. 224.)

Manuel Bandeira usa, no poema, os pronomes pessoais com muitas variações. O pronome pessoal de primeira pessoa do singular, por exemplo, está empregado na sua forma reta e nas formas oblíquas (eu, me, mim). O mesmo acontece com o pronome pessoal de

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Questão 2040

(Ufscar 2003)

A questão  adiante baseiam-se no poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem, a seguir, três estrofes.

Mas um velho, de aspeito venerando, [= aspecto) Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito:

"Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!

Dura inquietação d'alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida

De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana."


 Entre os versos "Chamam-te ilustre, chamam-te subida, / Sendo digna de infames vitupérios", a relação que se estabelece é de: 

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Questão 2041

(Ufscar 2003)

A questão  adiante baseiam-se no poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem, a seguir, três estrofes.

Mas um velho, de aspeito venerando, [= aspecto) Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito:

"Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!

Dura inquietação d'alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida

De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana."

 

 

Os versos de Camões foram retirados da passagem conhecida como "O Velho do Restelo". Nela, o velho 

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Questão 2199

(UFSCAR - 2004) 

O pregar há-de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja.
Ordenado, mas como as estrelas. (...) Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras.
Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma parte está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu.
Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras.

(Vieira, Sermão da Sexagésima.)

No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso da palavra "xadrez" tem o objetivo de

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