(ENEM - 2010)
Eu não tenho hoje em dia muito orgulho do Tropicalismo. Foi sem dúvida um modo de arrombar a festa, mas arrombar a festa no Brasil é fácil. O Brasil é uma pequena sociedade colonial, muito mesquinha, muito fraca.
VELOSO, C. In: HOLLANDA, H. B.; GONÇALVES, M. A. Cultura e participação nos anos 60.
São Paulo: Brasiliense, 1995 (adaptado).
O movimento tropicalista, consagrador de diversos músicos brasileiros, está relacionado historicamente
à expansão de novas tecnologias de informação, entre as quais, a Internet, o que facilitou imensamente a sua divulgação mundo afora.
ao advento da indústria cultural em associação com um conjunto de reivindicações estéticas e políticas durante os anos 1960.
à parceria com a Jovem Guarda, também considerada um movimento nacionalista e de crítica política ao regime militar brasileiro.
ao crescimento do movimento estudantil nos anos 1970, do qual os tropicalistas foram aliados na crítica ao tradicionalismo dos costumes da sociedade brasileira.
à identificação estética com a Bossa Nova, pois ambos os movimentos tinham raízes na incorporação de ritmos norte-americanos, como o blues.
Gabarito:
ao advento da indústria cultural em associação com um conjunto de reivindicações estéticas e políticas durante os anos 1960.
[B]
a) INCORRETA. O Tropicalismo se desenvolve nos anos 1960, sendo, pois, anterior ao advento da internet. Havia, sim, meios massivos de divulgação (TV, rádio), mas num contexto pré-digital.
b) CORRETA. O contexto de ascensão da Tropicália combina o advento da cultura de massa, com a difusão global do rock'n'roll e da cultura norte-americana, e as disputas políticas e ideológicas da juventude dos anos 60, que combatia a opressão moral e propunha uma renovação de valores (como se vê nos protestos de maio/68, na França; no movimento pacifista, nas novas frentes comunistas, etc).
c) INCORRETA. As produções da Jovem Guarda e da Tropicália, ainda que dividissem a época e os palcos, são muito distintas: a jovem guarda propõe uma música menos engajada e combativa, que incorpora sem a crítica tropicalista as influências externas. Não há parceria, e sim uma forte diferenciação entre a "ingenuidade" da Jovem Guarda e a postura arrojada dos tropicalistas.
d) INCORRETA. Os tropicalistas, ainda que politicamente engajados, não se articularam às entidades estudantis de base. Essa atitude é mais associada aos poetas ditos "marginais", que consolidaram centros de arte, cultura e resistência nos anos 70, momento já decadente para o Tropicalismo;
e) INCORRETA. A Tropicália não ignora a herança da bossa-nova, mas traz uma estética totalmente disruptiva e contrária aos ritmos agradáveis da tradição musical brasileira. Diferente da bossa-nova, o tropicalismo incorpora a guitarra elétrica e rock, em arranjos muito mais experimentais, com melodias e letras mais "radicais" do ponto de vista estético.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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