Questão 29491

(Enem 2ª aplicação - 2010)  O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança: a Revolução Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente.

HOBSBAWN, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.

No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que

A

competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego.    

B

a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários.   

C

a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os operários.    

D

o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais.    

 

E

a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas.    

Gabarito:

a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários.   



Resolução:

a) competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego.    

Incorreto. Esse permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego ainda não era uma realidade nesse contexto. 

b) a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários.   

Correta. O século XIX é o mesmo da publicação do manifesto comunista de Karl Marx, momento no qual a ideia de emancipação dos operários e a transformação da economia capitalista era o que mais se difundia entre esses trabalhadores.

c) a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os operários.    

Incorreto. Não é a introdução das máquinas no processo produtivo que diminuía as possibilidades de ganho material para os operários, e sim a exploração da burguesia industrial sobre a classe operária. 

d) o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais.      

Incorreto. O processo tecnológico não geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais, e sim para os patrões donos desses processos tecnológicos. 

e) a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas.    

Incorreto. Não se falava em direitos trabalhistas nesse período. A ideia dos trabalhadores, nesse período, estava mais relacionada à transformação do capitalismo e não à reforma de alguns aspectos. 



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

Ver questão

Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

Ver questão

Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

Ver questão

Questão 3051

(Enem PPL 2015)

Ver questão