Questão 37731

(ENEM PPL - 2012)

Era uma vez
Um rei leão que não era rei.
Um pato que não fazia quá-quá.
Um cão que não latia
Um peixe que não nadava.
Um pássaro que não voava.
Um tigre que não comia.

Um gato que não miava.
Um homem que não pensava...
E, enfim, era uma natureza sem nada.
Acabada. Depredada.
Pelo homem que não pensava.

CUNHA, L. A. In: KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2011.

São as relações entre os elementos e as partes do texto que promovem o desenvolvimento das ideias. No poema, a estratégia linguística que contribui para esse desenvolvimento, estabelecendo a continuidade do texto, é a  

A

escolha de palavras de diferentes campos semânticos.

B

negação contundente das ações praticadas pelo homem.

C

intertextualidade com o gênero textual fábula infantil.  

D

repetição de estrutura sintática com novas informações.

E

utilização de ponto final entre termos de uma mesma oração.

Gabarito:

repetição de estrutura sintática com novas informações.



Resolução:

A) INCORRETA: escolher palavras de diferentes campos semânticos não é um fator que garante a sequencialidade, mas o modo como essas palavras são dispostas.

B) INCORRETA: a negação do homem é apenas uma parte do poema (ainda mais no final) e ela por si só não tem a função de manter a sequencialidade do poema como um todo.

C) INCORRETA: essa intertextualidade é feita somente no título, "Era uma vez", e, por causa disso, não provoca a continuidade de um verso com o outro ao longo do poema.

D) CORRETA: O poema é constituído essencialmente por versos com orações adjetivas subordinadas às principais. Em cada uma delas, o pronome relativo “que” retoma sucessivamente o substantivo anterior, estabelecendo elo com as informações que se seguem.

E) INCORRETA: usar o ponto final em termos de uma mesma oração não representa sequencialidade, mas, pelo contrário, representa uma quebra da sequencialidade.



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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