(Enem PPL 2012)
TEXTO I
Em março de 2004, o Brasil reconheceu na Organização das Nações Unidas a existência, no país, de pelo menos 25 mil pessoas em condição análoga à escravidão — e esse é um índice considerado otimista. De 1995 a agosto de 2009, cerca de 35 mil pessoas foram libertadas em ações dos grupos móveis de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.
Mentiras mais contadas sobre trabalho escravo. Disponível em www.reporterbrasil.com.br. Acesso em 22 ago. 2011. (Adaptado.)
TEXTO II
O Brasil subiu quatro posições entre 2009 e 2010 no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento. Mas, se o IDH levasse em conta apenas a questão da escolaridade, a posição do Brasil no ranking mundial ficaria pior, passando de 73 para 93.
UCHINAKA, F.; CHAVES-SCARELLI, T. Brasil é país que mais avança, apesar da variável “educação” puxar IDH para baixo. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 22 ago. 2011. (Adaptado).
Estão sugeridas nos textos duas situações de exclusão social, cuja superação exige, respectivamente, medidas de
redução de impostos e políticas de ações afirmativas.
geração de empregos e aprimoramento do poder judiciário.
fiscalização do Estado e incremento da educação nacional.
nacionalização de empresas e aumento da distribuição de renda.
sindicalização dos trabalhadores e contenção da migração interna.
Gabarito:
fiscalização do Estado e incremento da educação nacional.
Podemos perceber que o primeiro se trata do trabalho escravo e o segundo fala sobre os baixos índices de escolaridade. O comando da questão pede duas alternativas que atendam, respectivamente, os problemas dos textos. Para coibir a escravidão por dívida, frequente em municípios menos desenvolvidos da Amazônia e do Nordeste, é fundamental incrementar a fiscalização e a repressão do poder público com ações integradas do Ministério do Trabalho, Poder Judiciário e Política Federal. A melhor a posição do país no IDH é fundamental aumentar os investimentos e melhorar a gestão no setor de educação.
A) Incorreta. O primeiro texto discorre sobre os dados de trabalho análoga a escravidão no Brasil, e sendo assim não cabe a diminuição de impostos para resolver a questão.
B) Incorreta. No primeiro texto vemos que não é a falta de emprego, mas sim os empregadores e a disposição a pagar pela mão de obra.
C) Correta. A intervenção do Estado na fiscalização de situações de trabalho ánalogo a escravidão são indispensáveis, além do despendimento de investimentos na educação para melhorar as condições.
D) Incorreta. O texto não relata a problemática de empresas não nacionais.
E) Incorreta. Os sindicatos têm forte influência na conquista dos direitos dos trabalhadores, já a migração interna não tem relação com a escolaridade.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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