(ENEM PPL - 2014)
Em busca de matérias-primas e de mercados por causa da acelerada industrialização, os europeus retalharam entre si a África. Mais do que alegações econômicas, havia justificativas políticas, científicas, ideológicas e até filantrópicas. O rei belga Leopoldo II defendia o trabalho missionário e a civilização dos nativos do Congo, argumento desmascarado pelas atrocidades praticadas contra a população.
NASCIMENTO, C. Partilha da África: o assombro do continente mutilado. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 7, n. 75, dez. 2011 (adaptado).
A atuação dos países europeus contribuiu para que a África — entre 1880 e 1914 — se transformasse em uma espécie de grande “colcha de retalhos”. Esse processo foi motivado pelo(a)
busca de acesso à infraestrutura energética dos países africanos.
tentativa de regulação da atividade comercial com os países africanos.
resgate humanitário das populações africanas em situação de extrema pobreza.
domínio sobre os recursos considerados estratégicos para o fortalecimento das nações europeias.
necessidade de expandir as fronteiras culturais da Europa pelo contato com outras civilizações.
Gabarito:
domínio sobre os recursos considerados estratégicos para o fortalecimento das nações europeias.
a) busca de acesso à infraestrutura energética dos países africanos.
Incorreto. No final do século XIX, a infraestrutura energética dos países africanos ainda não era significativa. A industrialização só começou a ocorrer na África no século XX.
b) tentativa de regulação da atividade comercial com os países africanos.
Incorreto. Embora as potências europeias tenham se interessado em estabelecer relações comerciais com a África, a corrida colonial não foi motivada pela tentativa de regulação da atividade comercial com os países africanos. Pelo contrário, o objetivo era controlar o comércio de matérias-primas e estabelecer um monopólio sobre o mercado africano.
c) resgate humanitário das populações africanas em situação de extrema pobreza.
Incorreto. A ação das potências europeias na África não foi motivada por questões humanitárias. Pelo contrário, as potências europeias muitas vezes impuseram regimes autoritários e exploraram as populações africanas, forçando muitas delas a trabalhar em condições precárias nas minas e nas plantações.
d) domínio sobre os recursos considerados estratégicos para o fortalecimento das nações europeias.
Correto. Durante esse período, as potências europeias competiram entre si pelo controle de territórios na África, a fim de garantir matérias-primas, mão de obra barata e novos mercados para seus produtos. Essa corrida colonial resultou na divisão do continente africano em diversas colônias controladas pelos países europeus, criando uma “colcha de retalhos” de fronteiras arbitrárias que não levavam em consideração as identidades étnicas, culturais e políticas das populações africanas.
e) necessidade de expandir as fronteiras culturais da Europa pelo contato com outras civilizações.
Incorreto. Apesar da expansão cultural poder ter sido um dos fatores que motivaram o imperialismo europeu, essa afirmação não é correta como uma explicação geral para a corrida colonial na África. As potências europeias estavam mais interessadas em expandir seu poder político e econômico do que em explorar a cultura africana.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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