Questão 77883

(ENEM PPL- 2014)

 

Sempre teceremos panos de seda

E nem por isso vestiremos melhor

Seremos sempre pobres e nuas

E teremos sempre fome e sede

Nunca seremos capazes de ganhar tanto

Que possamos ter melhor comida.

CHRÉTIEN DE TROYES. Yvain ou le chevalier au lion (1177-1181). Apud MACEDO, J. R. A mulher na Idade Média. São Paulo: Contexto, 1992 (adaptado).

 

O tema do trabalho feminino vem sendo abordado pelos estudos históricos mais recentes. Algumas fontes são importantes para essa abordagem, tal como o poema apresentado, que alude à

A

inserção das mulheres em atividades tradicionalmente masculinas.

B

ambição das mulheres em ocupar lugar preponderante na sociedade.

C

possibilidade de mobilidade social das mulheres na indústria têxtil medieval. 

D

exploração das mulheres nas manufaturas têxteis no mundo urbano medieval.

E

servidão feminina como tipo de mão de obra vigente nas tecelagens europeias.

Gabarito:

exploração das mulheres nas manufaturas têxteis no mundo urbano medieval.



Resolução:

a) inserção das mulheres em atividades tradicionalmente masculinas.

Incorreto. O poema faz referência ao trabalho das mulheres na manufatura têxtil medieval, que era tradicionalmente uma atividade feminina.

b) ambição das mulheres em ocupar lugar preponderante na sociedade.

Incorreto. Apesar de as mulheres quererem melhorar de vida, o poema não faz alusão à ambição de ocupar um lugar preponderante na sociedade.

c) possibilidade de mobilidade social das mulheres na indústria têxtil medieval. 

Incorreto. Como bem diz o poema, essa possibilidade de mobilidade social das mulheres não existia, visto que, por mais que elas trabalhassem muito, elas continuariam pobres, nuas e incapazes de receber o suficiente para comer bem.

d) exploração das mulheres nas manufaturas têxteis no mundo urbano medieval.

Correto. O poema faz alusão ao trabalho exaustivo e exploratório das mulheres medievais nas manufaturas têxteis. Isso pode ser comprovado na medida em que a fonte do poema nos informa que se trata de um texto sobre "A mulher na Idade Média" e a maneira com que a autora do poema descreve suas atividades e situação, demonstra as mazelas desse ambiente de trabalho.

e) servidão feminina como tipo de mão de obra vigente nas tecelagens europeias.

Incorreto. Elas não são servas, são trabalhadoras nas manufaturas têxteis, porém muito mal remuneradas. 



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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