(ENEM PPL - 2014)
Reciclar é só parte da solução
O lixo é um grande problema da sustentabilidade.
Literalmente: todos os anos, cada brasileiro produz 385 kg de resíduos – dá 61 milhões de toneladas no total. O certo seria tentar diminuir ao máximo essa quantidade de lixo.
Ou seja, em vez de ter objetos recicláveis, o ideal seria produzir sempre objetos reutilizáveis, o que diminui os resíduos.
Mas, enquanto isso não acontece, temos que nos contentar com a reciclagem. E é aí que vem um detalhe perigoso: reciclar o lixo também polui o ambiente e gasta energia.
Reciclar vidro, por exemplo, é 15% mais caro do que produzi-lo a partir de matérias-primas virgens.
Afinal, é feito basicamente de areia, soda e calcário, que são abundantes na natureza.
Então, nenhuma empresa tem interesse em reciclá-lo. Já o alumínio é um supernegócio, porque economiza muita energia.
HORTA, M. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 25 maio 2012.
O emprego adequado dos elementos de coesão contribui para a construção de um texto argumentativo e para que os objetivos pretendidos pelo autor possam ser alcançados.
A análise desses elementos no texto mostra que o conectivo
ou seja introduz um esclarecimento sobre a diminuição da quantidade de lixo.
mas instaura justificativas para a criação de novos tipos de reciclagem.
também antecede um argumento a favor da reciclagem.
afinal retoma uma finalidade para o uso de matérias-primas.
então reforça a ideia de escassez de matérias-primas na natureza.
Gabarito:
ou seja introduz um esclarecimento sobre a diminuição da quantidade de lixo.
a) ou seja introduz um esclarecimento sobre a diminuição da quantidade de lixo.
Correto, o uso do "ou seja" marca a explicação sobre o que o autor entende como a maneira ideal de reduzir lixo. O "ou seja" atua como uma conjunção conclusiva, que introduz uma oração subordinada conclusiva e não explicativa, indicando a síntese, um esclarecimento sobre o que é necessário para parar de diminuir o lixo, sendo então, a alternativa correta.
b) mas instaura justificativas para a criação de novos tipos de reciclagem.
Incorreto, ele se opõe (é uma conjunção adversativa) ao ideal de reduzir o lixo por meio da produção de objetos reutilizáveis.
c) também antecede um argumento a favor da reciclagem.
O "também" instaura um ponto negativo da reciclagem, sendo uma conjunção aditiva e não um termo antecessor.
d) afinal retoma uma finalidade para o uso de matérias-primas.
"Afinal" aponta o motivo da produção de vidro por matérias-primas virgens ser mais barata que a por reciclagem.
e) então reforça a ideia de escassez de matérias-primas na natureza.
O "então" expressa a consequência da facilidade de produção de vidro por matéria-prima virgem em relação à produção por meio da reciclagem.
Dessa maneira, a alternativa correta é a letra [A].
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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