(ENEM PPL - 2015)
A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.
A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela
eficácia prática da razão empírica.
transvaloração dos valores judaico-cristãos.
recusa em fundamentar a moral pela experiência.
comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.
importância dos valores democráticos nas relações de amizade.
Gabarito:
recusa em fundamentar a moral pela experiência.
c) Correta. recusa em fundamentar a moral pela experiência.
Para Kant, o modo como a razão humana opera caracteriza o ser racional como ser de condição moral, ou seja, a moral kantiana se fundamenta no exercício da razão. Ademais, para o filósofo, na mente humana existem estruturas a priori que determinam a forma como a razão apreende os objetos de conhecimento, independentemente de qualquer experiência empírica. Dessa forma, como a razão se articula à moral, a mesma não se fundamenta pela experiência.
a) Incorreta. eficácia prática da razão empírica.
O trecho aponta justamente o oposto dessa afirmação, a necessidade de construir uma teoria moral que não se fundamente na empiria, como se expressa as palavras "anteriormente a toda experiência". A razão empírica, no campo da ética, está ligada a particularidades e relativismos morais, os quais Kant busca se desvencilhar por meio de uma noção deontológica de imperativo categórico.
b) Incorreta. transvaloração dos valores judaico-cristãos.
Essa não é a meta da filosofia prática de Kant, algo que foi objetivado mais por Nietzsche. O imperativo categórico buscava uma fundamentação racional para moral, que não fosse tanto por meios empíricos quanto religiosos, porém não é busca a transvaloração desses valores.
d) Incorreta. comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.
Kant não compara a ética a uma ciência de rigor matemático, apenas se recusa em fundamentar a moral pela experiência. O ponto central do trecho é que a moral é anterior à experiência. São dois conhecimentos semelhantes, mas não caracteriza a passagem acima.
e) Incorreta. importância dos valores democráticos nas relações de amizade.
A alternativa não tem relação qualquer com o trecho, pois Kant não cita a democracia quanto à elaboração de sua ótica moral.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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