(ENEM PPL - 2016)
A atividade atualmente chamada de ciência tem se mostrado fator importante no desenvolvimento da civilização liberal: serviu para eliminar crenças e práticas supersticiosas, para afastar temores brotados da ignorância e para fornecer base intelectual de avaliação de costumes herdados e de normas tradicionais de conduta.
NAGEL, E. et al. Ciência: natureza e objetivo. São Paulo: Cultrix, 1975 (adaptado).
Quais características permitem conceber a ciência com os aspectos críticos mencionados?
Apresentar explicações em uma linguagem determinada e isenta de erros.
Possuir proposições que são reconhecidas como inquestionáveis e necessárias.
Ser fundamentada em um corpo de conhecimento autoevidente e verdadeiro.
Estabelecer rigorosa correspondência entre princípios explicativos e fatos observados.
Constituir-se como saber organizado ao permitir classificações deduzidas da realidade.
Gabarito:
Estabelecer rigorosa correspondência entre princípios explicativos e fatos observados.
d) Correta. Estabelecer rigorosa correspondência entre princípios explicativos e fatos observados.
A ciência busca estabelecer a coerência entre as ideias, os conceitos e os fatos experienciáveis, por meio de metodologias científicas.
a) Incorreta. Apresentar explicações em uma linguagem determinada e isenta de erros.
A ciência não orienta-se apenas por um problema de linguagem, pois esta é uma ferramenta para expressar corretamente os fatos experienciáveis. Uma linguagem determinada e correta, que expressa fatos inverificáveis, não representa a ciência.
b) Incorreta. Possuir proposições que são reconhecidas como inquestionáveis e necessárias.
A ciência não busca estabelecer proposições (afirmações positivas ou negativas acerca de algo) inquestionáveis e necessários, pois toda proposição estabelecida pode ser falseada mediante a atualização de novas teorias científicas, o que demonstra a contínua atualização da ciência.
c) Incorreta. Ser fundamentada em um corpo de conhecimento autoevidente e verdadeiro.
A ciência não estabelece um corpo de conhecimento autoevidente e verdadeiro por si mesmo, pois busca verificar as evidências desse conhecimento nos fatos, não em um sistema lógico.
e) Incorreta. Constituir-se como saber organizado ao permitir classificações deduzidas da realidade.
A ciência não constitui-se em um saber dedutivo, pois incorre mais em um conhecimento indutivo, embora possa recorrer a métodos dedutivos.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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