(ENEM PPL - 2016)
A carreira nas alturas
A água está no joelho dos profissionais do mercado. As fragilidades na formação em Língua Portuguesa têm alimentado um campo de reciclagem em Português nas escolas de idiomas e nos cursos de graduação para pessoas oriundas do mundo dos negócios. O que antes era restrito a profissionais de educação e comunicação, agora já faz parte da rotina de profissionais de várias áreas. Para eles, a Língua Portuguesa começa a ser assimilada como uma ferramenta para o desempenho estável. Sem ela, o conhecimento técnico fica restrito à própria pessoa, que não sabe comunicá-lo.
"Embora algumas atuações exijam uma produção oral ou escrita mais frequente, como docência e advocacia, muitos profissionais precisam escrever relatório, carta, comunicado, circular. Na linguagem oral, todos têm de expressar-se de forma convincente nas reuniões, para ganhar respeito e credibilidade. Isso vale para todos os cargos da hierarquia profissional"-explica uma professora de Língua Portuguesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
NATALI, A. Revista Língua, n. 63, jan. 2011 (adaptado).
Nos usos cotidianos da língua, algumas expressões podem assumir diferentes sentidos. No texto, a expressão “a água está no joelho” remete à
exigência de aprofundamento em conhecimentos técnicos.
demanda por formação profissional de professores e advogados.
procura por escolas de idiomas para o aprendizado de línguas.
melhoria do desempenho profissional nas várias áreas do conhecimento.
necessidade imediata de aperfeiçoamento das habilidades comunicativas.
Gabarito:
necessidade imediata de aperfeiçoamento das habilidades comunicativas.
A) INCORRETA: não se trata somente de uma exigência de aperfeiçoamento, mas se a água já está nos joelhos desses profissionais isso significa que já passou da hora de se procurar aperfeiçoamento nesse tipo de conhecimento.
B) INCORRETA: a demanda não é apenas para a formação desses profissionais, mas para todo o tipo de profissional que envolve com essa área, como diz em "O que antes era restrito a profissionais de educação e comunicação, agora já faz parte da rotina de profissionais de várias áreas".
C) INCORRETA: as escolas de idiomas são apenas uma forma de demonstrar como as fragilidades do ensino da língua estão se destacando.
D) INCORRETA: Não há nenhuma relação possível entre a expressão "a água está no joelho" (expressando, como em situação de enchente, um momento de tensão, crítico, em que medidas devem ser tomadas) e a ideia de aprimoramento dos conhecimentos. O texto não diz que os "profissionais do mercado" estão aprimorando seus saberes, mas sim que se sentem pressionados por essa (justa) demanda.
E) CORRETA: A expressão "a água está no joelho" é utilizada na língua portuguesa como uma metáfora para algo que está prestes a acontecer, dessa forma é possível inferir que a necessidade de aperfeiçoamento na língua portuguesa tem se tornado cada vez mais importante na vida profissional dos brasileiros.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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