(ENEM PPL - 2016)
Flor da negritude
Nascido numa casa antiga, pequena, com grande quintal arborizado, localizada no subúrbio de Lins de Vasconcelos, o Renascença Clube foi fundado por 29 sócios, todos negros. Buscava-se instaurar, por meio do Renascença, um campo de relações em que os filhos de famílias negras bem-sucedidas pudessem encontrar pessoas consideradas do mesmo nível social e cultural, para fins de amizade ou casamento. Os homens usavam trajes obrigatoriamente formais, flores na lapela, às vezes de summer ou até de fraque. As mulheres se vestiam com muitas sedas, cetins e rendas, não esquecendo as luvas e os chapéus.
GIACOMINI, S. M. Revista de História da Biblioteca Nacional, 19 set 2007 (adaptado).
No início dos anos 1950, a fundação do Renascença Clube, como espaço de convivência, demonstra o(a)
inexperiência associativa que levou a elite negra a imitar os clubes do brancos.
isolamento da comunidade destacada que ignorava a democracia racial brasileira.
interesse de um grupo de negros na afirmativa social para se livrar do preconceito.
existência de uma elite negra imune ao preconceito pela posição social que ocupava.
criação de um racismo invertido que impedia a presença de pessoas brancas nesses clubes.
Gabarito:
interesse de um grupo de negros na afirmativa social para se livrar do preconceito.
a) inexperiência associativa que levou a elite negra a imitar os clubes do brancos.
Incorreta. Negros não eram aceitos em outros clubes devido a cor de sua pele, devido ao racismo e não por “inexperiência associativa”
b) isolamento da comunidade destacada que ignorava a democracia racial brasileira.
Incorreta. Não há democracia racial no Brasil, principalmente na década de 50
c) interesse de um grupo de negros na afirmativa social para se livrar do preconceito.
Correta. O Renascença Clube vincula-se à tentativa dessa elite negra de se incluir em uma sociedade de classes. É por esse motivo que seus hábitos e regras assemelham-se aos das elites brancas brasileiras.
d) existência de uma elite negra imune ao preconceito pela posição social que ocupava.
Incorreta. A elite negra não estava imune ao racismo, assim como os demais também eram impedidos de participarem de determinados ciclos e frequentar determinados locais
e) criação de um racismo invertido que impedia a presença de pessoas brancas nesses clubes.
Incorreta. Racismo invertido não existe visto que o racismo está diretamente ligado com as relações de poder; um sistema que privilegia brancos não pode oprimi-los ao mesmo tempo, há outras formas de opressão/crimes, mas não o racismo. O racismo no Brasil é estrutural, é um sistema de repressão que foi construído desde o período colonial, ao longo dos séculos de escravidão e marginalização da parcela negra que compõe o país, que foi menosprezada e desumanizada. A abolição da escravidão em 1888 não fez nada além de conceder a liberdade, não ocorreu uma integração dos ex-escravos na sociedade e as diferenças permaneceram de maneira estruturada.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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