(ENEM PPL - 2016)
Os ricos adquiriram uma obrigação relativamente à coisa pública, uma vez que devem sua existência ao ato de submissão à sua proteção e zelo, o que necessitam para viver; o Estado então fundamenta o seu direito de contribuição do que é deles nessa obrigação, visando a manutenção de seus concidadãos. Isso pode ser realizado pela imposição de um imposto sobre a propriedade ou a atividade comercial dos cidadãos, ou pelo estabelecimento de fundos e de uso dos juros obtidos a partir deles, não para suprir as necessidades do Estado (uma vez que este é rico), mas para suprir as necessidades do povo.
KANT, I. A metafísica dos costumes. Bauru: Edipro, 2003.
Segundo esse texto de Kant, o Estado
deve sustentar todas as pessoas que vivem sob seu poder, a fim de que a distribuição seja paritária.
está autorizado a cobrar impostos dos cidadãos ricos para suprir as necessidades dos cidadãos pobres.
dispõe de poucos recursos e, por esse motivo, é obrigado a cobrar impostos idênticos dos seus membros.
delega aos cidadãos o dever de suprir as necessidades do Estado, por causa do seu elevado custo de manutenção.
tem a incumbência de proteger os ricos das imposições pecuniárias dos pobres, pois os ricos pagam mais tributos.
Gabarito:
está autorizado a cobrar impostos dos cidadãos ricos para suprir as necessidades dos cidadãos pobres.
b) Correta. está autorizado a cobrar impostos dos cidadãos ricos para suprir as necessidades dos cidadãos pobres.
É evidenciado neste trecho, "ricos adquiriram uma obrigação relativamente à coisa pública [...] o Estado então fundamenta o seu direito de contribuição do que é deles nessa obrigação", que o estado pode cobrar os ricos por contribuição, seja de qualquer natureza, para manutenção de seus concidadãos, já que aqueles retiram do estado sua proteção.
a) Incorreta. deve sustentar todas as pessoas que vivem sob seu poder, a fim de que a distribuição seja paritária.
Essa noção paternalista do poder público, que busca sustentar os seus cidadãos, não pode ser observada no trecho, pois, ali, afirma-se a existência de atividades comerciais, isto é, daquilo que é referente à produção dos cidadãos, e a função do estado em zelar pela vida de seus cidadãos e garantir-lhes a proteção. Ademais, o estado, em Kant, tem como função principal regular e assegurar os direitos de seus cidadãos por meio da união de seus membros sob um regime jurídico, segundo os fundamentos da liberdade, igualdade e independência.
c) Incorreta. dispõe de poucos recursos e, por esse motivo, é obrigado a cobrar impostos idênticos dos seus membros.
A alternativa está duplamente falsa, pois o trecho evidencia que o estado é rico e apenas impostos para os ricos.
d) Incorreta. delega aos cidadãos o dever de suprir as necessidades do Estado, por causa do seu elevado custo de manutenção.
O trecho não demonstra tal afirmação, pois, na verdade, o estado é rico e, como se coloca na passagem, não possui tal necessidade para a sua manutenção. Os impostos são para suprir as necessidades do povo.
e) Incorreta. tem a incumbência de proteger os ricos das imposições pecuniárias dos pobres, pois os ricos pagam mais tributos.
O trecho em questão não apresenta nenhum tipo de proteção aos ricos de imposições pecuniárias dos pobres, ao contrário, estabelece uma obrigação tributária aos ricos para suprimento das necessidades do povo.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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