(UNICENTRO 2016)
Leia o texto a seguir.
Marx, ao analisar as origens da acumulação capitalista e a emergência do Estado moderno, considerou fundamental o que chamou de acumulação primitiva quando a “burguesia nascente precisava e empregava a força do Estado para ‘regular’ o salário, isto é, comprimi-lo dentro dos limites convenientes de mais valia, para prolongar a jornada de trabalho e para manter o próprio trabalhador num grau adequado de dependência”. Ainda sobre a atuação da burguesia na passagem do sistema de manufatura ao fabril, ressaltou a soberania política por ela conquistada junto ao Estado representativo moderno, transformando-o numa junta administrativa dos seus negócios e interesses.
(Adaptado de: MARX, K. O Capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. L.1. v.2. Cap.XXIV. p.854-855; MARX, K. et al O Manifesto Comunista 150 Anos Depois. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1998. p.29-39.)
Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a concepção de Estado moderno, em Marx.
Um poder político que corresponde ao poder de uma determinada classe, cujos interesses, por vezes, confundem-se com seus próprios interesses.
Um poder político que expressa os próprios interesses, sem qualquer submissão aos interesses de classe e às disputas existentes na sociedade civil.
Um poder político que expressa o direito positivo decorrente de um contrato justificado pela lei da natureza e acima dos conflitos e interesses particularistas.
Um poder político, expressão de oposição ao estado de natureza, que se torna a garantia da igualdade e da liberdade reguladas.
Um poder político, um agrupamento de dominação institucional que procura monopolizar, nos limites de um território, o uso legítimo da violência física.
Gabarito:
Um poder político que corresponde ao poder de uma determinada classe, cujos interesses, por vezes, confundem-se com seus próprios interesses.
A) Correta. Isso pode ser identificado no trecho em que diz "Ainda sobre a atuação da burguesia na passagem do sistema de manufatura ao fabril, ressaltou a soberania política por ela conquistada junto ao Estado representativo moderno, transformando-o numa junta administrativa dos seus negócios e interesses." Os interesses do Estado se confundem com os da burguesia pois uma vez que a burguesia toma controle do Estado e o utiliza para garantir a manutenção da ideologia dominante, entra em contradição com a função original do Estado é garantir o bem-estar da população e o acesso a seus direitos e uma vida digna.
B) Incorreta. O Estado está a serviço dos interesses da burguesia, uma vez que esta controla o aparato estatal.
C) Incorreta. Essa visão expressa a noção contratualista do Estado, não a visão marxista.
D) Incorreta. Essa visão expressa a noção contratualista do Estado, não a visão marxista.
E) Incorreta. Essa visão expressa a análise weberiana sobre a questão do Estado, não a visão marxista.
(Unicentro 2012) A passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de explicação do real conviveram sem que se traçasse um corte temporal mais preciso. Com base nessa afirmativa, é correto afirmar:
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(Unicentro 2010)
“Os poemas homéricos têm por fundamento uma visão de mundo clara e coerente. Manifestam-na quase a cada verso, pois colocam em relação com ela tudo quanto cantam de importante – é, antes de mais nada, a partir dessa relação que se define seu caráter particular. Nós chamamos de religiosa essa cosmovisão, embora ela se distancie muito da religião de outros povos e tempos. Essa cosmovisão da poesia homérica é clara e coerente. Em parte alguma ela enuncia fórmulas conceituais à maneira de um dogma; antes se exprime vivamente em tudo que sucede, em tudo que é dito e pensado. E embora no pormenor muitas coisas resultem ambíguas, em termos amplos e no essencial, os testemunhos não se contradizem. É possível, com rigoroso método, reuni-los, ordená-los, fazer lhes o cômputo, e assim eles nos dão respostas explícitas às questões sobre a vida e a morte, o homem e Deus, a liberdade e o destino (...).”
OTTO. Os deuses da Grécia: a imagem do divino na visão do espírito grego. 1ª Ed., trad. [e prefácio] de Ordep Serra. – São Paulo: Odysseus Editora, 2005 - p. 11.
Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre a função dos mitos na Grécia arcaica, assinale a alternativa correta.
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(Unicentro 2010) Leia o fragmento de um texto pré-socrático:
“Ainda outra coisa te direi. Não há nascimento para nenhuma das coisas mortais, como não há fim na morte funesta, mas somente composição e dissociação dos elementos compostos: nascimento não é mais do que um nome usado pelos homens”.
(EMPÉDOCLES. Apud ARANHA/ MARTINS. Filosofando: Introdução à Filosofia. 3ª Ed., São Paulo: Moderna, 2006 - p. 86.)
A respeito da relação entre mythos e logos (razão) no início da filosofia grega, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. O fragmento acima denota a “luta de forças” opostas na massa dos membros humanos, que ora unem-se pelo amor – no início todos os membros que atingiram a corporeidade da vida florescente –, ora divididos pela força da discórdia, erram separados nas linhas da vida. Assim ocorre também com todos os outros seres na natureza.
II. A verdade filosófica apresenta-se no pensamento de Empédocles através de uma estrutura lógica muito distante da “verdade” expressa nos relatos míticos dos gregos arcaicos.
III. Nascimento e morte, no texto de Empédocles, são apresentados por meio de representações míticas que o filósofo retira de uma tradição religiosa presente ainda em seu tempo. Essas imagens, consequentemente, se transpõem, sem deixarem de ser místicas, em uma filosofia que quer captar a verdadeira essência da realidade física.
IV. O fragmento denota continuidade do pensamento mítico no início da filosofia, pois estão presentes ainda o uso de certas estruturas comuns de explicação.
(UNICENTRO - 2012)
Sobre o pensamento socrático, analise as afirmativas e marque com V, as verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Sócrates é autor da obra Ética a Nicômaco.
( ) O pensamento socrático está escrito em hebraico.
( ) A ironia e a maiêutica são as bases de sua filosofia.
( ) Sócrates não criticou o saber dogmático, sendo, por isso, conselheiro dos governantes de Atenas.
( ) Os diálogos platônicos são importantes textos filosóficos que relatam, na maioria, o pensamento de Sócrates.
A partir da análise dessas afirmativas, a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
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