(ENEM PPL - 2017)
“Orgulho de ser nordestino”: esse é o lema de uma das torcidas organizadas do Ceará — a Cangaceiros Alvinegros — que retrata bem qual o sentimento dos torcedores desse clube, um dos mais expressivos do Nordeste. Há entre os torcedores aqueles que torcem apenas para o Ceará e aqueles que torcem por um time do Sudeste também. Estes são denominados de “torcedores mistos”, e estamos definindo aqui como pertencentes ao campo da bifiliação clubística.
Em geral, a bifiliação clubística permite que torcedores se engajem aos times do Rio de Janeiro, por exemplo, sobretudo pela histórica projeção política e posteriormente midiática da então capital do Brasil. Contudo, no interior da Cangaceiros Alvinegros, sustenta-se a autoafirmação como nordestinos, rechaçando aqueles que deixam de torcer pelo time local para se apegarem aos clubes mais distantes. Ao serem questionados sobre como encaravam a bifiliação, um dos diretores da Cangaceiros foi enfático ao afirmar: “Você já viu algum paulista ou carioca torcer pra time do Nordeste? Então por que eu vou torcer pra time do Sul?”.
CAMPOS, F.; TOLEDO, L. H. O Brasil na arquibancada: notas sobre a sociabilidade torcedora. Revista USP, n. 99, set.-out.-nov. 2013 (adaptado).
O texto apresenta duas práticas distintas de filiação aos clubes de futebol. Nesse contexto, o significado expressado pelo lema “Orgulho de ser nordestino” representa o(a)
apreço pela manutenção das tradições nordestinas por meio da bifiliação clubística.
aliança entre torcidas dos clubes do Sudeste e Nordeste por meio da bifiliação clubística.
orgulho dos torcedores do Ceará por torcerem para um dos clubes mais expressivos do Nordeste.
envaidecimento dos torcedores do Ceará por enfrentarem clubes do Sudeste em condições de igualdade.
resistência de torcedores dos clubes nordestinos à tendência de bifiliação clubística com clubes do Sudeste.
Gabarito:
resistência de torcedores dos clubes nordestinos à tendência de bifiliação clubística com clubes do Sudeste.
A) INCORRETA: o texto apresenta a opinião de que o "Orgulho de ser Noderdisto", proposto por um dos tipos do Ceará, é de que os noderstinos deveriam evitar torcer para times do sul, uma vez que os torcedores desses times não torcem para times do nordeste.
B) INCORRETA: o texto não aborda uma união entre torcidas de times do nordeste e do sul, mas sim de que os torcedores nordestinos deveriam valorizar mais os times dessa região administrativa do país.
C) INCORRETA: o lema "Orgulho de ser noderstino" não surgiu somente para expressar que os nordestinos têm orgulho de si memso, mas foi uma iniciativa do clube para que os torcedores tivessem mais apreço com os times da sua região do que com os time sdo sul do país.
D) INCORRETA: não é possível destacar que se trata de um envaidecimento dos torcedores, já que o propósito desse lema é de justamente fazer com que os torcedores que não tinham muito apreço aos times do nordeste começassem a torcer mais para eles.
E) CORRETA: o texto, ao tratar sobre a temática da bifiliação clubística, aborda não somente a bifiliação, mas também coloca em voga o fato de muitos nodernistos esquecerem dos times de sua região. Por isso, quando se tem um tema "Orgulho de ser noderstino", o objetivo do autor é justamente lutar contra essa ideia de bifiliação para que os nodertisnos tenham mais gosto pelos times do seu estado/região.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
Ver questão
(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
Ver questão