(ENEM PPL - 2018)
Física com a boca
Por que nossa voz fica tremida ao falar na frente do ventilador?
Além de ventinho, o ventilador gera ondas sonoras. Quando você não tem mais o que fazer e fica falando na frente dele, as ondas da voz se propagam na direção contrária às do ventilador. Davi Akkerman – presidente da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica – diz que isso causa o mismatch, nome bacana para o desencontro entre as ondas. “O vento também contribui para a distorção da voz, pelo fato de ser uma vibração que influencia no som”, diz. Assim, o ruído do ventilador e a influência do vento na propagação das ondas contribuem para distorcer sua bela voz.
Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).
Sinais de pontuação são símbolos gráficos usados para organizar a escrita e ajudar na compreensão da mensagem. No texto, o sentido não é alterado em caso de substituição dos travessões por
aspas, para colocar em destaque a informação seguinte.
vírgulas, para acrescentar uma caracterização de Davi Akkerman.
reticências, para deixar subentendida a formação do especialista.
dois-pontos, para acrescentar uma informação introduzida anteriormente.
ponto e vírgula, para enumerar informações fundamentais para o desenvolvimento temático.
Gabarito:
vírgulas, para acrescentar uma caracterização de Davi Akkerman.
A) INCORRETA: pois o uso de aspas nesse contexto faria com que o conteúdo no seu interior deixasse de ser um aposto especificativo e passasse a ser uma expressão que apresenta um sentido diferente daquele expresso pelo original (como se houvesse alguma ironia).
B) CORRETA: como está apenas caracterizando o termo anterior, os travessões podem ser substituídos por vírgulas pelo fato de que o sentido não será alterado, uma vez que o conteúdo entre os travessões caracterizam o termo anterior numa pausa breve, da mesma forma que continuariam caracterizando na mesma pausa breve, pausa essa sendo representada pelas novas vírgulas.
C) INCORRETA: uma vez que as reticências são utilizadas para expressar uma ideia que foi interrompida ou inconcluída. Como se trata de um aposto especificativo, se os travessões fossem substituídos pelas reticiências, o elemento deixaria de ser um aposto.
D) INCORRETA: se substituísse o primeiro travessão pelos "dois pontos", o conteúdo entre o travessão deixaria de ser um aposto especificativo (que determina mais ainda o termo anterior) e passaria a ser um aposto explicativo (que explica o termo anterior).
E) INCORRETA: o uso do ponto e vírgula só deve ser feito quando houver a necessidade de fazer uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto final. Como o termo entre travessões pode ser substituído por uma vírgula sem alterar o sentido exposto, essa alternativa está incorreta (normalmente os "ponto e vírgula" são usados para enumeração em lista).
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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