(ENEM PPL - 2018)
“Escrever não é uma questão apenas de satisfação pessoal”, disse o filósofo e educador pernambucano Paulo Freire, na abertura de suas Cartas a Cristina, revelando a importância do hábito ritualizado da escrita para o desenvolvimento de suas ideias, para a concretização de sua missão e disseminação de seus pontos de vista. Freire destaca especial importância à escrita pelo desejo de “convencer outras pessoas”, de transmitir seus pensamentos e de engajar aqueles que o leem na realização de seus sonhos.
KNAPP, L. Linha fina. Comunicação Empresarial, n. 88, out. 2013.
Segundo o fragmento, para Paulo Freire, os textos devem exercer, em alguma medida, a função conativa, porque a atividade de escrita, notadamente, possibilita
levar o leitor a realizar ações.
expressar sentimentos do autor.
despertar a atenção do leitor.
falar da própria linguagem.
repassar informações.
Gabarito:
levar o leitor a realizar ações.
A) CORRETA: a alternativa está de acordo com o significado da "função apelativa/conativa da linguagem", isto é, a escrita com a função de fazer com que as pessoas façam aquilo que está escrito (ou se sintam convencidas). Essa definição também dialoga com a discussão que Paulo Freire proporciona no pequeno trecho acima, abordando sobre uma escrita não de satisfação pessoal, mas uma escrita para "convencer as pessoas".
B) INCORRETA: não necessariamente a escrita precisa expressar os sentimentos do autor (isso é uma característica das poesias, sendo que nem são todas). Mas o texto fala de "transmitir seus pensamentos".
C) INCORRETA: o objetivo da escrita é para que os leitores se sintam engajados, mas nem sempre quando vamos escrever vemos que há um despertar da atenção desse leitor. Então, não podemos dizer que a escrita possibilita o engajamento, mas espera que ele ocorra.
D) INCORRETA: não há no texto elementos que fundamentem um "falar na própria linguagem", mas há um trecho que fala do desejo de "convencer outras pessoas". Para isso é necessário que tanto as pessoas que vão ler, quanto as pessoas que vão escrever partilhem de uma mesma linguagem.
E) INCORRETA: o que Freire defende no texto acima não é apenas a escrita como "transmissão de informações", mas sim uma escrita com um intuito mais apelativo, escrita do convencimento, escrita do engajamento.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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