Questão 49283

(ENEM/PPL - 2018)

Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela.

HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na

A

convicção inata.

B

dimensão apriorística.

C

elaboração do intelecto.

D

percepção dos sentidos.

E

realidade trascendental.

Gabarito:

percepção dos sentidos.



Resolução:

d) Correta. percepção dos sentidos.
Hume é um filósofo empirista radical, o qual compreende que todos os nossos conceitos e ideias devem provir das sensações, e a razão apenas possui um papel instrumental.

 

a) Incorreta. convicção inata.
David Hume, um filosofo de empirismo radical, não creditava a origem do conhecimento à ideias inatas. O inatismo compreende ideias e conceitos que existem na mente previamente, sem relação com a experiência, isto é, ideias que não tem origem nas sensações. Isso contraria totalmente a perspectiva empírica de Hume, a qual compreende que todo conceito deve ter origem na empiria.

b) Incorreta. dimensão apriorística.
Essa visão sobre conhecimentos, conceitos ou pensamentos "a priori", os quais independem da experiência, não se relaciona ao pensamento empirista de Hume, que relaciona o conhecimento às experiências sensíveis. A definição do que vem a ser apriorístico provém de Kant, o qual dividiu os conceitos em dois tipos: conceitos a priori e a posteriori; o primeiro compreende aqueles que já existem na mente antes da experiência ou sem relação com esta; o segundo engloba aqueles que são originados pela experiência. Não há conceitos apriorísticos em Hume, pois ele é um empirista radical.

c) Incorreta. elaboração do intelecto.
O intelecto, em Hume, possui apenas uma função instrumental, uma faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais, não de elaborar ou construir conceitos.

e) Incorreta. realidade transcendental.
A realidade transcendental, segundo Hume, não é palpável às sensações, por isso não pode ser verificada.



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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