(UNICENTRO - 2019)
É comum se afirmar que Sócrates era um filósofo dado ao diálogo e que se encontrar com ele para debater era sempre uma atividade de risco. Isso porque a forma dialogal preferida desse pensador consistia em colocar em prática a sua Maiêutica, cuja primeira parte era a Ironia. Essa Ironia Socrática deve ser interpretada como
uma postura de deboche e desconsideração em relação ao saber popular da época.
uma etapa do método socrático segundo o qual o saber dos filósofos pitagóricos precisava ser ironizado para demonstrar sua fragilidade e inconsistência.
um método criado por Sófocles e adotado por Sócrates para provar a existência de seres superiores, também chamados deuses.
uma prática discursiva criada pelos sofistas e adotada por Sócrates para defender a importância da filosofia crítica.
uma etapa do método socrático que consiste em utilizar-se de perguntas com o objetivo de levar o interlocutor a reconhecer a impropriedade de seu saber e, assim, torná-lo apto a construir um novo saber a partir das ideias inatas.
Gabarito:
uma etapa do método socrático que consiste em utilizar-se de perguntas com o objetivo de levar o interlocutor a reconhecer a impropriedade de seu saber e, assim, torná-lo apto a construir um novo saber a partir das ideias inatas.
e) Correta. uma etapa do método socrático que consiste em utilizar-se de perguntas com o objetivo de levar o interlocutor a reconhecer a impropriedade de seu saber e, assim, torná-lo apto a construir um novo saber a partir das ideias inatas.
Sócrates, ironicamente, demonstrava não possuir conhecimento algum, numa posição de ignorância e reafirmava com a mesma ironia a sabedoria aparente de seu interlocutor, a fim de demonstrar as contradições do próprio e fazê-lo por si mesmo perceber a verdade, relembrando o conhecimento dentro de si próprio.
a) Incorreta. uma postura de deboche e desconsideração em relação ao saber popular da época.
Sócrates não demonstra uma postura de deboche com os seus oponentes, ao se contrapor a sabedoria popular de sua época, atitude, por exemplo, dos cínicos, pois a sua ironia buscava apenas demonstrar a contradição desses sujeitos.
b) Incorreta. uma etapa do método socrático segundo o qual o saber dos filósofos pitagóricos precisava ser ironizado para demonstrar sua fragilidade e inconsistência.
Sócrates não buscava se opor aos filósofos pitagóricos, porém aos sofistas.
c) Incorreta. um método criado por Sófocles e adotado por Sócrates para provar a existência de seres superiores, também chamados deuses.
Primeiro, Sófocles, um dos escritores das tragédias gregas, não criou a ironia, e, segundo, Sócrates não a utilizava para provar a existência de seres superiores, pois ele mesmo é o autor do método.
d) Incorreta. uma prática discursiva criada pelos sofistas e adotada por Sócrates para defender a importância da filosofia crítica.
Sócrates utilizava a ironia justamente para criticar as posições dos sofistas, baseadas em um conhecimento aparente.
(Unicentro 2012) A passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de explicação do real conviveram sem que se traçasse um corte temporal mais preciso. Com base nessa afirmativa, é correto afirmar:
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(Unicentro 2010)
“Os poemas homéricos têm por fundamento uma visão de mundo clara e coerente. Manifestam-na quase a cada verso, pois colocam em relação com ela tudo quanto cantam de importante – é, antes de mais nada, a partir dessa relação que se define seu caráter particular. Nós chamamos de religiosa essa cosmovisão, embora ela se distancie muito da religião de outros povos e tempos. Essa cosmovisão da poesia homérica é clara e coerente. Em parte alguma ela enuncia fórmulas conceituais à maneira de um dogma; antes se exprime vivamente em tudo que sucede, em tudo que é dito e pensado. E embora no pormenor muitas coisas resultem ambíguas, em termos amplos e no essencial, os testemunhos não se contradizem. É possível, com rigoroso método, reuni-los, ordená-los, fazer lhes o cômputo, e assim eles nos dão respostas explícitas às questões sobre a vida e a morte, o homem e Deus, a liberdade e o destino (...).”
OTTO. Os deuses da Grécia: a imagem do divino na visão do espírito grego. 1ª Ed., trad. [e prefácio] de Ordep Serra. – São Paulo: Odysseus Editora, 2005 - p. 11.
Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre a função dos mitos na Grécia arcaica, assinale a alternativa correta.
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(Unicentro 2010) Leia o fragmento de um texto pré-socrático:
“Ainda outra coisa te direi. Não há nascimento para nenhuma das coisas mortais, como não há fim na morte funesta, mas somente composição e dissociação dos elementos compostos: nascimento não é mais do que um nome usado pelos homens”.
(EMPÉDOCLES. Apud ARANHA/ MARTINS. Filosofando: Introdução à Filosofia. 3ª Ed., São Paulo: Moderna, 2006 - p. 86.)
A respeito da relação entre mythos e logos (razão) no início da filosofia grega, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. O fragmento acima denota a “luta de forças” opostas na massa dos membros humanos, que ora unem-se pelo amor – no início todos os membros que atingiram a corporeidade da vida florescente –, ora divididos pela força da discórdia, erram separados nas linhas da vida. Assim ocorre também com todos os outros seres na natureza.
II. A verdade filosófica apresenta-se no pensamento de Empédocles através de uma estrutura lógica muito distante da “verdade” expressa nos relatos míticos dos gregos arcaicos.
III. Nascimento e morte, no texto de Empédocles, são apresentados por meio de representações míticas que o filósofo retira de uma tradição religiosa presente ainda em seu tempo. Essas imagens, consequentemente, se transpõem, sem deixarem de ser místicas, em uma filosofia que quer captar a verdadeira essência da realidade física.
IV. O fragmento denota continuidade do pensamento mítico no início da filosofia, pois estão presentes ainda o uso de certas estruturas comuns de explicação.
(UNICENTRO - 2012)
Sobre o pensamento socrático, analise as afirmativas e marque com V, as verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Sócrates é autor da obra Ética a Nicômaco.
( ) O pensamento socrático está escrito em hebraico.
( ) A ironia e a maiêutica são as bases de sua filosofia.
( ) Sócrates não criticou o saber dogmático, sendo, por isso, conselheiro dos governantes de Atenas.
( ) Os diálogos platônicos são importantes textos filosóficos que relatam, na maioria, o pensamento de Sócrates.
A partir da análise dessas afirmativas, a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
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