Questão 66850

(ENEM DIGITAL - 2020)

Na primeira bica abasteciam os negros, forros e cativos, os mulatos e os índios; na segunda, os moiros das galés, e os da primeira bica, quando fosse necessário; a terceira e quarta estavam reservadas aos homens e moços brancos; na quinta enchiam as mulheres pretas e na sexta, as mulheres e moças brancas. A quem infringisse esta ordem eram aplicados severos castigos — açoitamento com baraço e pregão, ao redor do Chafariz, sendo de cor; 2 000 réis de multa e três dias de cadeia, sendo branco o prevaricador.

CAETANO, J. O. Chafarizes de Lisboa. Lisboa: Distri, 1991.

A organização dos consumidores nos chafarizes públicos de Lisboa no século XVI, descrita no texto, expressava a

A

escassez de recursos hídricos.

B

reprodução de distinções sociais.

C

prevenção da transmissão de doenças.

D

obsolescência das técnicas de fornecimento.

E

ineficiência da cobertura de serviços estatais.

Gabarito:

reprodução de distinções sociais.



Resolução:

a) escassez de recursos hídricos.

Incorreto. Não há nada no texto que indique escassez de recursos hídricos.

b) reprodução de distinções sociais.

Correta. O texto apresenta práticas recorrentes em Lisboa,  relativas ao uso do espaço público. Nota-se que naquela sociedade havia há existência de critérios raciais e de gênero na utilização dos chafarizes de Lisboa e nas punições que variavam de acordo com a condição etno-social de quem era castigado.

c) prevenção da transmissão de doenças.

Incorreto. Não há nada no texto que aborde sobre prevenção da transmissão de doenças.

d) obsolescência das técnicas de fornecimento.

Incorreto. Não há nada no texto que aborde sobre obsolescência das técnicas de fornecimento.

e) ineficiência da cobertura de serviços estatais.

Incorreto. Não há nada no texto que indique ineficiência da cobertura de serviços estatais.



Questão 60886

(ENEM DIGITAL - 2020)

Num mundo como o nosso, por um lado marcado pela fluidez do espaço, as questões ligadas à circulação se tornam ainda mais relevantes e, com elas, a situação de um dos componentes mais emblemáticos dos territórios: seus limites. E é aí que surge um dos grandes paradoxos da geografia contemporânea: ao lado da fluidez globalizada aparecem também os fechamentos, as tentativas de controle da circulação de pessoas.

HAESBAERT, R. Da multiterritorialidade aos novos muros: paradoxos da desterritorialização contemporânea. Disponível em: www.posgeo.uff.br. Acesso em: 2 jan. 2013 (adaptado).

O texto aborda um paradoxo marcante do mundo contemporâneo, que consiste na oposição entre

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Questão 61300

(Enem digital 2020) 

Entenda a crise na Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e dois líderes da Crimeia assinaram, em março de 2014, um acordo para tornar a República Autônoma parte da Rússia. O tratado foi assinado dois dias após o povo da Crimeia aprovar em um referendo a separação da Ucrânia e a reunificação com a Rússia. A votação foi condenada por Kiev e pela comunidade internacional, que a considera ilegítima.

Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 28 out. 2014 (adaptado).

A justificativa para o acordo descrito fundamentava-se na ideia de 

 

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Questão 61407

(ENEM DIGITAL - 2020)

Os sofistas inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma das características de nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes de tudo pedagogos, ainda que seja necessário reconhecer a notável originalidade de um Protágoras, de um Górgias ou de um Antifonte, por exemplo. Por um salário, eles ensinavam a seus alunos receitas que lhes permitiam persuadir os ouvintes, defender, com a mesma habilidade, o pró e o contra, conforme o entendimento de cada um.

HADOT, P. O que é a filosofia antiga?. São Paulo: Loyola, 2010 (adaptado).

 

O texto apresenta uma característica dos sofistas, mestres da oratória que defendiam a(o)

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Questão 61972

(ENEM DIGITAL - 2020) 

 No protestantismo ascético, temos não apenas a clara noção da primazia da ética sobre o mundo, mas também a mitigação dos efeitos da dupla moral judaica (uma moral interna para os irmãos de crença e outra externa para os infiéis). O desafio aqui é o da ética, que quer deixar de ser um ideal eventual e ocasional (que exige dos virtuosos religiosos quase sempre uma “fuga do mundo”, como na prática monástica cristã medieval) para tornar-se efetivamente uma lei prática e cotidiana “dentro do mundo”.

SOUZA, J. A ética protestante e a ideologia do atraso brasileiro. Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 38, out. 1998.

Retomando o pensamento de Max Weber, o texto apresenta a tensão entre positividade éticoreligiosa e esferas mundanas de ação.

Nessa perspectiva, a ética protestante é compreendida como

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