(ENEM PPL - 2020)
Aquilo que é quente necessita de umidade para viver, e o que é morto seca, e todos os germes são úmidos, e todo alimento é cheio de suco; ora, é natural que cada coisa se nutra daquilo de que provém.
SIMPLÍCIO. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1993.
O fragmento atribuído ao filósofo Tales de Mileto é característico do pensamento pré-socrático ao apresentar uma
abordagem epistemológica sobre o lógos e a fundamentação da metafísica.
teoria crítica sobre a essência e o método do conhecimento científico.
justificação religiosa sobre a existência e as contradições humanas
elaboração poética sobre os mitos e as narrativas cosmogônicas.
explicação racional sobre a origem e a transformação da physis
Gabarito:
explicação racional sobre a origem e a transformação da physis
e) Correta. explicação racional sobre a origem e a transformação da physis
Os filósofos pré-socráticos foram identificados a partir de preocupações cosmológicas sobre o princípio (arché) e a natureza (physis) das coisas. No enunciado em questão, Tales, por meio da observação racional, identifica a umidade em todas as coisas vivas e, por isso, depreende que o princípio de tudo é a água.
a) Incorreta. abordagem epistemológica sobre o lógos e a fundamentação da metafísica.
Embora haja uma metodologia epistemológica ao fundo, ela não se dirige ao problema do logos, isto é, da razão e do discurso, sobre o como conhecê-los, mas sobre a natureza e sua origem. Tampouco indaga-se sobre a metafísica, sobre o que é real e seus fundamentos, sobre os aspectos que transcendem o mundo sensível.
b) Incorreta. teoria crítica sobre a essência e o método do conhecimento científico.
Não havia um método científico no período pré-socrático para que fosse criticado, e tampouco é o foco da questão — bem como a essência.
c) Incorreta. justificação religiosa sobre a existência e as contradições humanas
Não há uma justificação religiosa em questão no enunciado, tampouco se elabora contradições na frase, pois os filósofos pré-socráticos buscavam explicar o princípio do mundo sem recorrer aos deuses gregos, como a poesia grega.
d) Incorreta. elaboração poética sobre os mitos e as narrativas cosmogônicas.
Não há uma elaboração poética sobre os mitos em questão no enunciado, pois os filósofos pré-socráticos buscavam explicar o princípio do mundo sem recorrer aos deuses gregos, como a poesia grega. A perspectiva desses filósofos é compreendida a partir da cosmologia — busca racional pelo princípio do mundo —, não pela cosmogonia — narrativas sobre a origem do mundo a partir da poesia e dos deuses gregos.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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