Questão 65861

(ENEM PPL - 2020)

Uma civilização é a entidade cultural mais ampla. As aldeias, as regiões, as etnias, as nacionalidades, os segmentos religiosos, todos têm culturas distintas em diferentes níveis de heterogeneidade cultural. A cultura de um vilarejo no sul da Itália pode ser diferente da de um vilarejo no norte da Itália, mas ambos compartilharam uma cultura italiana comum que os distingue de vilarejos alemães. As comunidades europeias, por sua vez, compartilharão aspectos culturais que as distinguem das comunidades chinesas ou hindus.

HUNTINGTON, S. P. O choque de civilizações. Rio de Janeiro: Objetiva,1997.

De acordo com esse entendimento, a civilização é uma construção cultural que se baseia na

A

atemporalidade dos valores universais

B

globalização do mundo contemporâneo.

C

fragmentação das ações políticas.

D

centralização do poder estatal

E

identidade dos grupos sociais

Gabarito:

identidade dos grupos sociais



Resolução:

a) Incorreta. Na verdade, o texto aponta que diferentes agrupamentos humanos “têm culturas distintas em diferentes níveis de heterogeneidade cultural.” Logo, não há uma universalidade atemporal de valores, pelo contrário, esses valores são circunstanciais, conforme o tempo e espaço nos quais se inserem.

b) Incorreta. A construção cultural das civilizações não é baseada na globalização contemporânea: “[vilarejos ao norte e ao sul da Itália] compartilharam uma cultura italiana comum que os distingue de vilarejos alemães. As comunidades europeias, por sua vez, compartilharão aspectos culturais que as distinguem das comunidades chinesas ou hindus”. Dessa forma, percebemos que os aspectos culturais de civilizações diferentes não foram unificados num só conjunto globalizado. Além disso, haviam civilizações antes do início do processo de globalização, logo não precisaram disso para se estabelecer.

c) Incorreta. Em nenhum momento o texto base faz alusão a ações políticas fragmentadas, o enfoque está na diversidade e complexidade que marca as construções culturais entre diferentes civilizações. Esses fatores não são atribuídos ao panorama político.

d) Incorreta. O texto não atribui as especificidades das civilizações à condição do Estado, de poder centralizado ou não. As relações culturais não são discutidas com viés político ou governamental, mas sim com a perspectiva de que as civilizações têm suas respectivas identidades sociais.

e) Correta. Essa ideia é expressa no trecho “As aldeias, as regiões, as etnias, as nacionalidades, os segmentos religiosos, todos têm culturas distintas em diferentes níveis de heterogeneidade cultural.” Todos esses segmentos compõem uma civilização (“uma entidade cultural mais ampla”) sendo compostos, cada um, por uma identidade social. Essas identidades têm uma base cultural de caráter mais amplo, assim compartilhando uma cultura comum, distinta da cultura de outras civilizações.



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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