Questão 63101

(ENEM-PPL)

Esse processo concentra a população de renda mais elevada e maior poder político em áreas mais centrais e privilegiadas em termos de empregos, infraestrutura básica e serviços sociais. Ao mesmo tempo, redistribui a população menos favorecida quanto a esses aspectos, constituindo uma ocupação periférica que se estende até os municípios limítrofes. Neles, as condições de acesso às áreas mais centrais são agravadas pelas grandes distâncias e pelas dificuldades relacionadas à eficiência do sistema de transporte.

CAIADO, M. C. S. Deslocamentos intraurbanos e estruturação socioespacial na metrópole brasiliense. São Paulo em Perspectiva, n. 4, out.-dez. 2005.

O texto caracteriza um estágio do processo de urbanização marcado pela

A

segregação socioespacial.

B

emancipação territorial.

C

conurbação planejada.

D

metropolização tardia.

E

expansão vertical.

Gabarito:

segregação socioespacial.



Resolução:

a) Correta, pois, o texto expõe a dificuldade de populações periféricas de frequentar os centros das cidades, devido às grandes distâncias que são necessárias serem percorridas e pelas dificuldades relacionadas à eficiência do sistema de transporte. Logo, o texto está se referindo à segregação socioespacial, já que tal segregação refere-se às dificuldades que as populações periféricas possuem de transitarem nos espaços urbanos, devido à sua menor renda e menor acesso a transportes públicos para poderem frequentar as regiões centrais desses grandes centros urbanos.

b) Incorreta, pois, a emancipação territorial refere-se à independência de um território, no caso de uma cidade, como é o contexto do texto, estaria se referindo a uma cidade virar um Estado, ou cidade-estado, como é o caso de Hong Kong, por exemplo, o que não está relacionado com o que é dito no trecho apresentado.

c) Incorreta, pois, a conurbação, mesmo planejada, ocorre devido ao aumento da periferia de uma cidade, sem gerar problemas diretos às pessoas que vivem nessas regiões da área urbana, assim, a conurbação não possui nenhuma relação com a dificuldade de acesso às áreas mais centrais, como é expresso no texto.

d) Incorreta, pois, o fato de a metropolização ser tardia não possui relação direta com o contexto, já que, com ela sendo tardia, temos duas opções, a primeira é que pelo fato de ser tardia ela pode ser feita de forma mais planejada, o que diminuí o problema do texto, e a segunda é dela ter sido feita de forma ruim por ser tardia, contudo, não daria tempo para uma grande periferia ser formada, o que não retrata a dificuldade de acesso às áreas centrais que as populações periféricas vivem, já que essas áreas periféricas não seriam, ainda, tão distantes dos centros e esses centros não seriam tão desenvolvidos a ponto de segregarem que vive e frequenta o mesmo.

e) Incorreta, pois, a expansão vertical permite que mais pessoas vivam nas áreas mais centrais da cidade, já que em uma área ocupada por uma casa, que abriga uma família, é possível construir um prédio que abrigue dezenas de famílias, nesse mesmo espaço, logo, essa expansão vertical ajuda as pessoas a poderem viver, em maior número, próximas dos grandes centros, por isso, mesmo dependendo de um poder monetário maior, mais pessoas conseguem frequentar e viver as áreas centrais das metrópoles, o que diminui o que é exposto no texto.



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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