(ENEM PPL - 2020)
Um dos aspectos essenciais da mídia virtual é a centralidade da escrita, pois a tecnologia digital depende totalmente da escrita. Assim, nesta era eletrônica não se pode mais postular como propriedade típica da escrita a relação assíncrona, caracterizada pela defasagem temporal entre produção e recepção, pois os bate-papos virtuais são síncronos, ou seja, realizados em tempo real e essencialmente escritos. Assim, se com o telefonema tornou-se um dia impossível continuar postulando a copresença física dos interlocutores como característica exclusiva da oralidade, já que era possível interagir oralmente estando em espaços diversos, hoje se retira dela também a concomitância temporal.
MARCUSCHI, L. A. Disponível em: http://www.progesp.ufba.br. Acesso em: 9 jul. 2012.
O trecho discute algumas mudanças que surgiram com os avanços das tecnologias de comunicação e informação, fazendo uma comparação entre o telefonema e os bate-papos virtuais. Ao comparar esses dois meios de comunicação, constata-se que
tanto a escrita quanto a oralidade, atualmente, são modalidades realizadas sempre em tempo real.
tanto o telefonema quanto o bate-papo virtual são considerados gêneros com características exclusivas da oralidade.
enquanto o telefonema exige a presença física dos interlocutores, o bate-papo virtual não apresenta essa característica.
tanto o telefonema quanto o bate-papo virtual mudaram algumas concepções sobre a oralidade e a escrita: essa quanto ao tempo e aquela quanto ao espaço.
enquanto a conversação não mais exige que os interlocutores estejam no mesmo local graças ao advento do telefone, os bate-papos virtuais não têm mais a escrita como essencial.
Gabarito:
tanto o telefonema quanto o bate-papo virtual mudaram algumas concepções sobre a oralidade e a escrita: essa quanto ao tempo e aquela quanto ao espaço.
A) INCORRETA: ainda que o texto faça um debate sobre a escrita como em tempo real, nem sempre isso será verdadeiro, pois essa assertiva só se adequa aos meios digitais de comunicação instantânea. Em casos como e-mail, memorandos, convites de eventos e afins, a escrita ainda não alcança totalmente a característica síncrona da linguagem.
B) INCORRETA: uma vez que o bate-papo virtual pode ocorrer também pela modalidade escrita da língua.
C) INCORRETA: pois no próprio texto é dito que "se com o telefonema tornou-se um dia impossível continuar postulando a copresença física dos interlocutores...". Isso significa que essa presença não é obrigatória.
D) CORRETA: o que se vê de fato sendo debatido no texto é isso, que os meios e espaços utilizados por esses sistemas de comunicação (telefonema e bate-papos virtuais) foram mudando, e ainda estão em constante mudança, em detrimento dos diversos avançoes tecnológicos alcançados pela sociedade.
E) INCORRETA: a primeira parte da resposta está correto. No entanto, alguns bate-papos virtuais ainda necessitam do recurso escrito da língua para que ocorra a comunicação, caso esse que pode ser visto no aplicativo WhatsApp.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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