(ENEM PPL - 2022)
Admirável chip novo
Pane no sistema
Alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluido em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vêm eles novamente
Eu sei o que vão fazer
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga Tenha, more, gaste, viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Não, senhor, sim, senhor
Não, senhor, sim, senhor
PITTY. In: Admirável chip novo. Salvador: Deckdisk, 2003 (fragmento).
Inspirada no livro Admirável mundo novo, de Aldous Huxley, a letra da canção critica um modelo de sociedade distópica caracterizada pela:
Dependência tecnológica e ausência de autonomia individual.
Hipossuficiência econômica e influência do aparato estatal.
Corrupção política e manipulação de campanhas eleitorais.
Degradação ecológica e deteriorização do meio ambiente.
Motivação consumista e aquisição de bens supérfluos.
Gabarito:
Dependência tecnológica e ausência de autonomia individual.
a) Correta. Dependência tecnológica e ausência de autonomia individual.
A letra da música faz críticas a um modelo de sociedade distópica caracterizada pela dependência tecnológica e ausência de autonomia individual. A letra menciona a perda da individualidade e a programação das ações e pensamentos das pessoas, além da reinstalação constante do sistema que controla e direciona a vida das pessoas. Essa crítica é inspirada no livro "Admirável mundo novo", de Aldous Huxley, que descreve uma sociedade futurista distópica controlada por tecnologia e manipulação genética.
b) Incorreta. Hipossuficiência econômica e influência do aparato estatal.
Não há referência dessas ideias.
c) Incorreta. Corrupção política e manipulação de campanhas eleitorais.
Corrupção política e eleições não são citados na música.
d) Incorreta. Degradação ecológica e deteriorização do meio ambiente.
Não é o foco da canção.
e) Incorreta. Motivação consumista e aquisição de bens supérfluos.
Mesmo que seja uma das consequências do tema da música, não é o seu foco.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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