(ENEM PPL - 2022)
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;
4.2. fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto
TEXTO I
Fragmento do livro Geografia da Fome, de Josué de Castro, publicado em 1946
A alimentação do brasileiro tem-se revelado, à luz dos inquéritos sociais realizados, com qualidades nutritivas bem precárias, apresentando, nas diferentes regiões do país, padrões dietéticos mais ou menos incompletos e desarmônicos. Numas regiões, os erros e defeitos são mais graves, e vive-se num estado de fome crônica; noutras, são mais discretos, e tem-se a subnutrição. Procurando investigar as causas fundamentais dessa alimentação em regra tão defeituosa e que tem pesado tão duramente na evolução econômico-social do povo, chega-se à conclusão de que elas são mais produto de fatores socioculturais do que de fatores de natureza geográfica.
CASTRO, J. Geografia da Fome. 9ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008 (adaptado).
TEXTO II
O sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, imortalizado na música de Aldir Blanc e João Bosco, pela voz de Elis Regina, como o “irmão do Henfil”, mobilizou o país na luta pela ética na política, pelo combate à fome e à miséria e na defesa da vida, na década de 1990.
Quem tem fome tem pressa. A frase era o lema de Betinho durante a campanha da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria, e pela Vida, que colocou o combate à fome no foco das manifestações populares e das políticas públicas.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 15 jun. 2022 (adaptado)
TEXTO III
TEXTO IV
Atualmente, 33 milhões de pessoas passam fome no país, segundo resultado de uma nova pesquisa sobre o tema divulgada em junho de 2022. Em 1993, eram 32 milhões de pessoas nessa situação, segundo dados semelhantes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 15 jun. 2022 (adaptado).
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Medidas para o enfrentamento da recorrência da insegurança alimentar no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
Gabarito:
Resolução:
O tema da insegurança alimentar no Brasil é um problema complexo que afeta milhões de pessoas em todo o país. Para abordar essa questão em uma redação, é importante compreender as causas e consequências desse problema, bem como as possíveis soluções para enfrentá-lo.
As causas da insegurança alimentar podem ser diversas, desde a falta de acesso à terra e à água para produção de alimentos até a desigualdade social e a má distribuição de renda. Além disso, a falta de políticas públicas adequadas para garantir o acesso à alimentação nutritiva e saudável é um fator importante que contribui para a perpetuação desse problema.
Para combater a insegurança alimentar, é necessário adotar uma abordagem ampla e integrada que envolva ações de diferentes áreas, como saúde, educação, agricultura e meio ambiente. Entre as medidas que podem ser adotadas, destacam-se a ampliação do acesso a programas de alimentação, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a valorização da agricultura familiar, a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a adoção de políticas de preservação ambiental que permitam a produção de alimentos de forma sustentável.
Ao escrever uma redação sobre esse tema, é importante apresentar argumentos sólidos que sustentem sua posição e fazer uso de exemplos concretos que ilustrem as ideias apresentadas. Além disso, é fundamental adotar uma linguagem clara e objetiva, evitando o uso de expressões rebuscadas ou termos técnicos que possam dificultar a compreensão do texto. Por fim, é importante lembrar que a proposta de soluções práticas e viáveis é fundamental para a construção de uma redação consistente e bem estruturada.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
Ver questão
(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
Ver questão