(UFU) Com relação às transformações do processo de trabalho no capitalismo, é INCORRETO afirmar que:
a antiga condição autônoma do artesão, na qual o produtor exercia pleno controle sobre as diversas fases do processo produtivo, deu lugar à formação de uma classe de operários e à constituição de um mercado de compra e venda da força de trabalho.
as manufaturas reuniam os trabalhadores num mesmo teto, sob o comando do capitalista. A divisão do trabalho aumentava a produção e o controle sobre a realização das tarefas.
com a introdução da máquina no processo produtivo e a criação do sistema de fábrica, a tecnologia veio aumentar o controle capitalista sobre a produção, submetendo e disciplinando o trabalho ao ritmo intensificado das máquinas.
a primeira fase da revolução Industrial, marcada por jornadas de trabalho superiores a quinze horas diárias, foi liderada pela Inglaterra. Nesta fase, a utilização do aço e da energia elétrica possibilitou o funcionamento das linhas de montagem inventadas por Henry Ford.
desde o século XVIII e durante o XIX, os “ludditas”, também conhecidos como quebradores de máquinas, reagiram direta e violentamente à introdução da maquinaria na Inglaterra e na França, responsáveis pela desorganização de seus antigos hábitos de trabalho.
Gabarito:
a primeira fase da revolução Industrial, marcada por jornadas de trabalho superiores a quinze horas diárias, foi liderada pela Inglaterra. Nesta fase, a utilização do aço e da energia elétrica possibilitou o funcionamento das linhas de montagem inventadas por Henry Ford.
a) a antiga condição autônoma do artesão, na qual o produtor exercia pleno controle sobre as diversas fases do processo produtivo, deu lugar à formação de uma classe de operários e à constituição de um mercado de compra e venda da força de trabalho.
Correta. Com a Revolução Industrial, as máquinas eram os novos meios de produção, e o seu alto valor fazia com que apenas as camadas da sociedade economicamente abastadas tivessem condições de adquiri-las, e além disso, a alta demanda de serviços que explodia nas metrópoles exigia um número cada vez maior de trabalhadores convocados a atuarem nas fábricas, fazendo com que a mão-de-obra fosse moldada a critério do patrão e não do empregado. Desse modo, considera-se que a Revolução Industrial foi fundamental para separar os trabalhadores dos meios de produção e criar uma classe social dos trabalhadores.
b) as manufaturas reuniam os trabalhadores num mesmo teto, sob o comando do capitalista. A divisão do trabalho aumentava a produção e o controle sobre a realização das tarefas.
Correta. Pelo caráter da manufatura enquanto um sistema de produção com técnica de artesanal e dotada da divisão do trabalho, com as mudanças relacionadas ao controle produtivo nas revoluções da indústria, trabalhadores passaram cada vez mais a ser reunidos em grandes galpões, em que os empregadores forneciam a matéria-prima necessária e a remuneração do serviço, algo que se intensificou principalmente a partir do século XIX.
c) com a introdução da máquina no processo produtivo e a criação do sistema de fábrica, a tecnologia veio aumentar o controle capitalista sobre a produção, submetendo e disciplinando o trabalho ao ritmo intensificado das máquinas.
Correta. A Revolução Industrial causou grandes transformações nas relações de trabalho e no sistema de produção, promovendo o surgimento da indústria e consolidando o processo de formação do capitalismo. Nesses moldes, o controle sob a produção intensificou-se.
d) a primeira fase da revolução Industrial, marcada por jornadas de trabalho superiores a quinze horas diárias, foi liderada pela Inglaterra. Nesta fase, a utilização do aço e da energia elétrica possibilitou o funcionamento das linhas de montagem inventadas por Henry Ford.
Incorreta. Na primeira etapa da Revolução Industrial, notabilizou-se o uso do carvão mineral e das ferrovias - a utilização do aço e da energia elétrica, juntamente à criação das linhas de montagem, são características da segunda etapa da Revolução Industrial, especialmente a partir do século XIX.
e) desde o século XVIII e durante o XIX, os “ludditas”, também conhecidos como quebradores de máquinas, reagiram direta e violentamente à introdução da maquinaria na Inglaterra e na França, responsáveis pela desorganização de seus antigos hábitos de trabalho.
Correta. O Ludismo foi um movimento social de trabalhadores, principalmente ingleses e franceses dos ramos de fiação e tecelagem no século XIX, nos primórdios da Revolução Industrial, que se notabilizou pela destruição de máquinas como forma de protesto. Os ludistas se notabilizaram por invadir as fábricas e destruir máquinas, que, na sua visão, eram usadas para contornar práticas de trabalho e impor extensas jornadas, sob condições frequentemente insalubres.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
Ver questão
(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
Ver questão
(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
Ver questão
(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
Ver questão