(UEL 2000) "O mundo não é mais apenas, ou principalmente, uma coleção de estados nacionais, mais ou menos centrais e periféricos, arcaicos e modernos, agrários e industrializados, dependentes ou independentes, ocidentais e orientais, reais e imaginários. As nações transformaram-se em espaços, territórios ou elos da sociedade global."
Octávio Ianni. "A Sociedade global". Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1993. p. 96.
A leitura do texto permite concluir que
a transnacionalização tem um caráter cultural e político mas pouco interfere nos campos sociais e econômicos dos países.
fortalecimento das grandes empresas e conglomerados é acompanhado pelo crescimento da ideia de Estado nacional e de ampla defesa da soberania.
a ideia de Estado do Bem-Estar Social é mais presente neste final de século quando há uma preocupação mundial com as diferenças entre os países.
o enfraquecimento dos Estados-nações é uma das características mais importantes da globalização.
nem o capitalismo, nem o neoliberalismo têm forças suficientes para adaptar os Estados a uma nova lógica global.
Gabarito:
o enfraquecimento dos Estados-nações é uma das características mais importantes da globalização.
a) Incorreta. Na realidade, a sociedade global (cujo elo são as nações) têm suas próprias características culturais, sociais, políticas, e econômicas. Ou seja, a transnacionalização delimita os campos social e econômico dos países.
b) Incorreta. O fortalecimento das grandes empresas e conglomerados normalmente enfraquece a ideia de Estado e soberania nacionais. Ademais, o texto aponta que “o mundo não é mais apenas, ou principalmente, uma coleção de estados nacionais […] As nações transformaram-se em espaços, territórios ou elos da sociedade global.”
c) Incorreta. A ideia de bem-estar social é mais presente no período pós-Primeira Guerra, principalmente depois da crise de 1929 nos Estados Unidos. Além disso, a procura por esse modelo de governo é devida a uma preocupação mundial com as diferenças entre os países, mas sim, para ajudar a salvar a economia nacional, que estava em crise profunda. Além disso, o texto não apresenta alusão a este assunto.
d) Correta. Do início ao fim, o texto expressa esse ponto: “O mundo não é mais apenas, ou principalmente, uma coleção de estados nacionais […] As nações transformaram-se em espaços, territórios ou elos da sociedade global.” Ou seja, os Estados nacionais perdem soberania e autonomia perante a sociedade global, sendo enfraquecido por ela.
e) Incorreta. Pelo contrário, o assunto discutido pelo texto evidencia que esses dois fatores conseguiram, com sucesso, adaptar as nações a uma nova lógica global: elas “transformaram-se em espaços, territórios ou elos da sociedade global.”
(Uel 2010) Observe a frase: “Os deputados decidiram errar onde não poderiam” e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo “onde”.
O labirinto da internet
Um paradoxo da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo – sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto, mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante.
(Adaptado de: SANTANA, João. O labirinto da internet. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm>. Acesso em: 20 jul. 2009).
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(Uel 2010) Considerando as frases a seguir:
I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”.
II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”.
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(UEL - 2010)
FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.
(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009)
Considere o trecho:
“Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.
As palavras grifadas são
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(Uel 1997) PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente,
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