(UFSCAR - 2000)
Durante uma aula de laboratório, um estudante queimou ao ar diferentes massas iniciais (mi) de esponja de ferro. Ao final de cada experimento, determinou também a massa final resultante (mf). Os resultados obtidos estão reunidos na tabela a seguir.
Experimento Nº |
Massa inicial m(i) (g) |
Massa final m(f) (g) |
Relação m(f)/m(i) |
1 | 0,900 | 1,10 | 1,204 |
2 | 0,830 | 1,00 | 1,205 |
3 | 1,05 | 1,26 | 1,200 |
4 | 1,11 | 1,34 | 1,207 |
Admitindo que em todos os experimentos a queima foi completa, o estudante fez as três afirmações seguintes.
I) A Lei da Conservação da Massa não foi obedecida, pois a massa final encontrada para o sistema em cada experimento é sempre maior que sua massa inicial.
II) O aumento de massa ocorrido em cada experimento se deve à transformação de energia em massa, tendo se verificado a conservação da soma (massa + energia) do sistema.
III) A relação constante obtida entre a massa final e a massa inicial do sistema (mf/mi), em cada experimento realizado, permite afirmar que, dentro do erro experimental, os dados obtidos estão de acordo com a Lei das Proporções Definidas.
Dentre as afirmações apresentadas, o estudante acertou:
I, apenas
II, apenas
III, apenas
I e II, apenas
I, II e III
Gabarito:
III, apenas
I) Falso. A Lei da Conservação da Massa não foi obedecida, pois a massa final encontrada para o sistema em cada experimento é sempre maior que sua massa inicial.
Não é possível afirmar tal fato, pois o sistema em que os experimentos foram realizados é aberto "queimou ao ar", fazendo com que haja diferenças de massa. Além disso, quando há a queima da esponja, há a reação 2Fe(s) + O2(g) → 2FeO(s) essa massa inicial, não conta com a massa de oxigênio presente no ar no estado gasoso.
II) Falso. O aumento de massa ocorrido em cada experimento se deve à transformação de energia em massa, tendo se verificado a conservação da soma (massa + energia) do sistema.
O aumento de massa ocorrido se deve à massa do oxigênio que reagiu com o ferro, que passou do estado gasoso para o sólido.
2Fe(s) + O2(g) → 2FeO(s)
III) Verdadeiro. A relação constante obtida entre a massa final e a massa inicial do sistema (mf/mi), em cada experimento realizado, permite afirmar que, dentro do erro experimental, os dados obtidos estão de acordo com a Lei das Proporções Definidas.
Dentro do erro experimental que existe, temos uma proporcionalidade da relação mf/mi em torno de 1,2.
(UFSCar - 2000)
Tu amarás outras mulheres
E tu me esquecerás!
É tão cruel, mas é a vida. E no entretanto
Alguma coisa em ti pertence-me!
Em mim alguma coisa és tu.
O lado espiritual do nosso amor
Nos marcou para sempre.
Oh, vem em pensamento nos meus braços!
Que eu te afeiçoe e acaricie...
(Manuel Bandeira: A Vigília de Hero. In: O ritmo dissoluto. Poesia completa e prosa.
2ª ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967, p. 224.)
Manuel Bandeira usa, no poema, os pronomes pessoais com muitas variações. O pronome pessoal de primeira pessoa do singular, por exemplo, está empregado na sua forma reta e nas formas oblíquas (eu, me, mim). O mesmo acontece com o pronome pessoal de
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(Ufscar 2003)
A questão adiante baseiam-se no poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem, a seguir, três estrofes.
Mas um velho, de aspeito venerando, [= aspecto) Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito:
"Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!
Dura inquietação d'alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana."
Entre os versos "Chamam-te ilustre, chamam-te subida, / Sendo digna de infames vitupérios", a relação que se estabelece é de:
(Ufscar 2003)
A questão adiante baseiam-se no poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem, a seguir, três estrofes.
Mas um velho, de aspeito venerando, [= aspecto) Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito:
"Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!
Dura inquietação d'alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana."
Os versos de Camões foram retirados da passagem conhecida como "O Velho do Restelo". Nela, o velho
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(UFSCAR - 2004)
O pregar há-de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja.
Ordenado, mas como as estrelas. (...) Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras.
Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma parte está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu.
Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras.
(Vieira, Sermão da Sexagésima.)
No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso da palavra "xadrez" tem o objetivo de
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