(UFU - 2000) A respeito da sociedade colonial hispano-americana, é correto afirmar que
utilizando-se de uma rígida hierarquia social, os homens brancos, nascidos na Espanha ou na América, asseguravam para si um status privilegiado, dominando a vida política e econômica da colônia.
aos criollos estava reservado o controle dos altos cargos dirigentes na administração civil, no exército e na Igreja, enquanto a posse de grandes propriedades e o arrendamento de minas lhes eram proibidos.
a manutenção da hierarquia social, baseada na pureza de sangue, condenava os mestiços a posições de servidão, impedindo-os de participar da vida econômica da colônia.
após a proibição da escravização indígena, no início da colonização, os escravos negros passaram a ser a base de sustentação da economia colonial, trabalhando nas minas e na produção agrícola.
Gabarito:
utilizando-se de uma rígida hierarquia social, os homens brancos, nascidos na Espanha ou na América, asseguravam para si um status privilegiado, dominando a vida política e econômica da colônia.
a) utilizando-se de uma rígida hierarquia social, os homens brancos, nascidos na Espanha ou na América, asseguravam para si um status privilegiado, dominando a vida política e econômica da colônia.
Correta. Os espanhóis e os chapetones, que eram colonos criados na Espanha e que viviam na América, ocupavam os principais cargos administrativos, militares e religiosos, também representavam o interesse político-administrativo da Coroa Espanhola nas terras do continente americano. Seguido pelos chapetones na hierarquia social o papel social exercido pelos filhos dessa elite político-administrativa, formada pelos criollos, viviam uma condição econômica abastada, podendo praticar o comércio, deter a propriedade de terras e a exploração da força de trabalho nativa e escrava, apesar de sua atuação política ser restringida por não terem nascido na Espanha.
b) aos criollos estava reservado o controle dos altos cargos dirigentes na administração civil, no exército e na Igreja, enquanto a posse de grandes propriedades e o arrendamento de minas lhes eram proibidos.
Incorreta. Durante o período de colonização, os criollos, que eram os descendentes de espanhóis nascidos na América. Estes, em geral, possuíam grandes propriedades por herança e atuavam no comércio.
c) a manutenção da hierarquia social, baseada na pureza de sangue, condenava os mestiços a posições de servidão, impedindo-os de participar da vida econômica da colônia.
Incorreta. Pode-se observar que os mestiços (nascidos na América que não têm ambos pai e mãe espanhóis) participavam da economia da colonia, como em atividades comerciais. Em comparação àqueles com nenhuma descendência espanhola (nem pai, nem mãe), eles ainda ocupavam um lugar superior, ainda que abaixo dos espanhóis.
d) após a proibição da escravização indígena, no início da colonização, os escravos negros passaram a ser a base de sustentação da economia colonial, trabalhando nas minas e na produção agrícola.
Incorreta. Nota-se que na América espanhola, a mão de obra era constituída em maioria por contingentes de indivíduos oriundos dos povos tradicionais da região, em formas de submissão ao trabalho como a mita e a encomienda.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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